O prefeito licenciado de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira, 25, e está em estado grave.

Ele está internado no Hospital Mater Dei desde 3 de janeiro.

Em nota, os médicos Enaldo Melo de Lima, coordenador médico do Hospital Integrado do Câncer da Rede Mater Dei de Saúde, e Anselmo Dornas Moura, coordenador médico da UTI do Hospital Mater Dei, disseram que o quadro de Fuad Noman no momento é “bastante grave”.

“O prefeito Fuad Noman, internado no Hospital Mater Dei desde o dia 3 de janeiro, apresentou na noite de ontem uma Parada Cardiorrespiratória às 22 horas. Foi reanimado, mas evoluiu com choque cardiogênico necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e intrópicas. No momento, está em respiração controlada por aparelhos, mantendo pressão com medicamentos e cursando com Insuficiência Renal Aguda após a Parada Cardiorrespiratória. O quadro no momento é bastante grave.”

Licença médica

Internado desde janeiro, Fuad Noman prorrogou, em 6 de março, seu afastamento do cargo.

Esta foi a quinta licença médica requerida desde que ele deu entrada no Hospital Mater Dei em 3 de janeiro, com um quadro de insuficiência respiratória aguda devido a uma pneumonia.

Esta é a quarta internação do prefeito licenciado desde novembro de 2024, quando passou cinco dias no hospital por causa de dores nas pernas relacionadas ao tratamento de um Linfoma não Hodgkin (LNH).

Prefeitura de BH

Noman tomou posse em 1º de janeiro para o novo mandato de forma virtual, seguindo orientação médica devido à baixa imunidade.

Seu discurso foi lido pelo vice Álvaro Damião, que também representou o prefeito na diplomação dos eleitos em dezembro.

Damião assumiu interinamente a administração da capital mineira em 4 de janeiro.

2º mandato

Com 77 anos, Fuad Noman garantiu sua reeleição após uma virada no segundo turno das eleições, na qual obteve 53,73% dos votos válidos contra o deputado estadual Bruno Engler (PL).

Noman assumiu a prefeitura em março de 2022, sucedendo Alexandre Kalil (sem partido), que deixou o cargo para concorrer ao governo de Minas Gerais.

Nas eleições recentes, Kalil não apoiou seu ex-vice e fez campanha para Mauro Tramonte (Republicanos), o que deteriorou a relação entre os dois políticos.