Rejeitada por Jair Bolsonaro após ter criticado a gestão da pandemia de Covid-19, a pré-candidata à prefeitura de São José, em Santa Catarina, também vem sendo bombardeada pelo fato de ter defendido a ideologia de gênero nas escolas. Uma proposta defendida, principalmente, pela esquerda.

Quando Adeliana era prefeita de São José, ela apresentou o novo Plano de Educação da Cidade em 2015. E um dos trechos do documento, originalmente, dizia o seguinte: implementar em todas as instâncias a perspectiva de gênero.

Tempos depois, aconselhada por assessores, Adelina voltou atrás, mudou o texto e escondeu a palavra gênero. Mas o registro da primeira versão ficou e o passado, mais uma vez, volta para assombrar a pré-candidatura de Adeliana.

Como mostramos na semana passada, o ex-presidente da República vetou a presença da pré-candidata do PL à prefeitura de São José em eventos realizados em Santa Catarina. Bolsonaro chegou a alterar a agenda que faria e cancelar a passagem de sua motociata pelo calçadão do Kobrasol, bairro central do município catarinense.

O motivo é que Bolsonaro foi informado durante a passagem pelo estado que Dal Pont criticou sua gestão à frente do governo federal durante a pandemia.

Ao ver o vídeo da pré-candidata do PL criticando a postura do governo federal em relação à doença, o ex-presidente reclamou diretamente com o governador Jorginho Mello, presidente estadual da legenda, alegando que o partido deveria ter realizado uma pesquisa antes de aceitar a filiação de Adeliana Dal Pont.

Constrangimento

Após ser vetada da manifestação por Bolsonaro, Dal Pont nem tentou se aproximar mais do ex-presidente.

Na segunda, 22, porém, na véspera da passagem de Bolsonaro por Santa Catarina, a pré-candidata divulgou sua participação nas redes sociais.

“Nosso presidente vem aí! Jair Bolsonaro, o grande líder da direita no Brasil estará no Aeroporto de Florianópolis nesta terça, às 11h. Vamos juntos mostrar a força do nosso povo e demonstrar que o cidadão catarinense de bem está com Bolsonaro!”, escreveu.