Um trágico acidente de parapente ocorrido no último sábado, conforme registrado no boletim de ocorrência da Polícia Militar de Minas Gerais, resultou na morte de um piloto de 55 anos. Ele não conseguiu captar uma corrente de ar adequada para a realização do voo, caindo de uma altura de cinco metros. O Corpo de Bombeiros foi acionado para o resgate, levando o piloto e uma jovem passageira para o hospital com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Primeiro voo, sonho realizado para Dafiny

Dafiny do Carmo, uma jovem menina com um sonho de voar, teve a oportunidade de finalmente realizar seu desejo. Ela estava no parapente com o piloto durante o acidente, sentindo dores na barriga e clavícula após o incidente. Dafiny e sua mãe, que vendem bombons e cones de chocolate pelas ruas de Sete Lagoas, em Minas Gerais, conheceram o piloto Gilberto Araújo na Serra de Santa Helena. O encontro casual resultou no piloto convidando Dafiny para um voo, satisfazendo o sonho da jovem.

O incidente fatal

Durante o passeio, Gilberto Araújo sofreu um infarto, levando à queda brusca do parapente de uma altura de vinte metros. Mesmo em condições críticas, o piloto conseguiu direcionar o parapente para uma área segura, o que pode ter salvado a vida de Dafiny. A menina teve apenas alguns arranhões.

Regulação do voo livre no Brasil: Espaço para melhorias

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) emite recomendações para a filiação de pilotos e instrutores à Confederação Brasileira de Voo Livre, uma medida que, entretanto, não é obrigatória. Gilberto Araújo, por exemplo, não estava filiado à entidade. As orientações da confederação relacionadas à formação e treinamento dos pilotos e à segurança dos voos também não são obrigatórias. No caso do voo que resultou no acidente fatal, Gilberto não usava capacete, uma das recomendações para a prática segura do esporte.