A estratégia venezuelana para tentar garantir a extradição de cinco ex-integrantes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) que pediram refúgio ao governo Bolsonaro deve ser barrada pela Procuradoria-Geral da República. A entrega foi requerida pela Procuradoria-Geral da Venezuela diretamente ao Ministério Público brasileiro. O argumento é de que os militares teriam participado de um ataque a um quartel militar perto da fronteira no dia 22 de dezembro.

Integrantes da cúpula da PGR avaliam que o pedido deve ocorrer por via diplomática, respeitando os tratados internacionais, sendo que não há previsão de pedido via ministérios públicos. A tendência é de que a demanda seja remetida para o Itamaraty avaliar eventuais providências. Com isso, se prevalecer esse entendimento, a extradição dependeria do governo Bolsonaro.

No twitter, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, divulgou cópia de uma carta enviada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitando o início dos trâmites necessários para colocar a disposição os militares, sendo que não cabe refúgio do governo brasileiro neste caso.