PGR aceita discutir papel da Petrobras no processo do triplex de Lula
A Procuradoria Geral da República opinou em favor de um pedido da defesa de Lula para discutir o papel da Petrobras no processo do triplex. Na prática, uma vez aceita a recomendação, a ação, em curso no STJ, poderá se prolongar...
A Procuradoria Geral da República opinou em favor de um pedido da defesa de Lula para discutir o papel da Petrobras no processo do triplex.
Na prática, uma vez aceita a recomendação, a ação, em curso no STJ, poderá se prolongar.
A questão gira em torno da condição da Petrobras no caso. Na ação, a estatal se apresenta como vítima do esquema de corrupção e participa como assistente de acusação.
A defesa, porém, questiona o fato de, nos Estados Unidos, ela ser ter se declarado culpada por prejudicar acionistas ao não ter conseguido evitar os desvios.
Foi essa confissão de culpa que levou a estatal a fechar um acordo com os americanos, se comprometendo a pagar US$ 853 milhões – 80% disso (cerca de R$ 2,5 bilhões) foi enviado ao Brasil para um fundo criado pela Lava Jato.
Em parecer enviado ao STJ, onde a defesa recorre contra a condenação, a PGR se mostra favorável à discussão da condição da Petrobras no processo.
Se for aceita, a recomendação abre uma frente de defesa para Lula na discussão do caso e posterga o julgamento, que ainda não tem data marcada.
No documento, o órgão cita recente decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que, ao suspender o fundo da Lava Jato, também suspendeu o andamento de todas as ações na Justiça que tratem do assunto.
A PGR também quer aguardar uma decisão do próprio STF sobre o habeas corpus em que a defesa de Lula pede a anulação da condenação, ou pelo menos, a oportunidade de fazer a sustentação oral no julgamento do recurso no STJ.
A PGR recomenda que o relator no STJ, Felix Fischer, ao menos intime a defesa, para avisá-la sobre a data do julgamento do recurso, a ser realizado na Quinta Turma do tribunal.
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