Pfizer garante 100 milhões de doses para o Brasil, mas só a partir de junho
O Antagonista apurou que as negociações entre a Pfizer e o Ministério da Saúde avançaram nos últimos dias. Hoje, como noticiamos, a Anvisa autorizou o uso definitivo do imunizante no Brasil. Depois de o governo federal ter recusado, ainda no ano passado, uma proposta de 70 milhões de doses, a farmacêutica americana aumentou a oferta para 100 milhões...
O Antagonista apurou que as negociações entre a Pfizer e o Ministério da Saúde avançaram nos últimos dias. Hoje, como noticiamos, a Anvisa autorizou o uso definitivo do imunizante no Brasil.
Depois de o governo federal ter recusado, ainda no ano passado, uma proposta de 70 milhões de doses, a farmacêutica americana aumentou a oferta para 100 milhões. A informação foi dada à equipe de Eduardo Pazuello na segunda-feira de Carnaval.
As 100 milhões de doses, se o governo fechar contrato, seriam entregues até dezembro de 2021 — o primeiro lote, com 9 milhões de doses, chegaria ao Brasil somente em junho. A mudança na proposta feita inicialmente ao Brasil foi possível graças à conclusão das obras de ampliação de uma fábrica da Pfizer na Bélgica.
É óbvio que, em meio a tanto impasse, o país foi ficando para trás na fila. Se o Brasil tivesse aceitado as 70 milhões de doses, os lotes teriam começado a ser entregues em janeiro.
Como noticiamos há pouco, o registro do uso definitivo pela Anvisa permite a comercialização da vacina da Pfizer. Um projeto de lei, que publicamos em primeira mão, deve tramitar rapidamente no Congresso, para autorizar que prefeitos, governadores e empresas possam comprar vacinas diretamente de laboratórios. A Pfizer, no entanto, mantém o foco no governo federal.
A farmacêutica já tem 69 contratos firmados no mundo inteiro. Em todos eles, a chamada “cláusula de responsabilização” está presente, ou seja, os compradores ficam responsáveis por eventuais eventos adversos da vacina. Vale lembrar que o corpo técnico da Anvisa, com a decisão de hoje, atestou a segurança e a eficácia da vacina.
A questão da temperatura da vacina é tratada como caso superado. A Pfizer garantiu ao governo brasileiro a entrega das doses em caixas capazes de armazenar por até 30 dias a vacina na temperatura de 70ºC negativos. Cada caixa comporta até 5 mil doses e tem um termostato que emite um alerta caso a temperatura saia do padrão. A empresa também afirma que a eficácia da vacina não é perdida se o imunizante for conservado em temperaturas mais amenas — estudo nesse sentido foi enviado para análise da Anvisa americana.
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