No despacho em que autorizou depoimentos no inquérito sobre Jair Bolsonaro, o ministro Celso de Mello também garantiu à Polícia Federal o poder de investigar a suposta interferência do presidente sobre a corporação independentemente das medidas tocadas pela PGR.

O ministro citou uma diligência sugerida por Sergio Moro em seu depoimento no sábado: a requisição, junto à Abin, dos protocolos que encaminharam a Bolsonaro relatórios de inteligência baseados em informações captadas pela PF.

Um dos motivos alegados pelo presidente para demitir Maurício Valeixo era justamente a falta desses relatórios de inteligência. Moro disse que eles eram encaminhados, mas pela Abin, que consolidava material relacionado à segurança pública produzido pela Polícia Federal.

No pedido de abertura de inquérito e nos pedidos de diligência feitos ontem, Augusto Aras não mencionou esses documentos.