A Polícia Federal enviou para o Supremo Tribunal Federal a investigação sobre suposto esquema de fraude em licitações para a compra de kits de robótica após encontrar uma lista de pagamentos atrelados ao nome “Arthur”, diz a Folha. 

Os investigadores acreditam que o nome se refere ao presidente da Câmara, Arthur Lira (foto).

O documento foi apreendido com Luciano Cavalcante, auxiliar de Lira. Segundo o jornal, as anotações listam R$ 834 mil em valores pagos de dezembro de 2022 a março de 2023.

Desse total, ao menos R$ 650 mil têm à frente do valor o nome “Arthur”.

No início do mês, Luciano Cavalcante, considerado braço-direito de Lira, foi um dos alvos da Operação Hefesto, que investiga suspeitas de irregularidades na compra de equipamentos de robótica para 43 cidades de Alagoas. 

Reportagem publicada mais cedo na revista piauí mostra imagens de manuscritos referentes aos meses de abril e maio deste ano. De acordo com a matéria, o nome “Arthur” aparece onze vezes e vem acompanhado dos maiores valores, que totalizam pouco mais de R$ 265 mil nesses dois meses. 

Após a publicação da reportagem, Lira divulgou uma nota na qual afirma que os pagamentos de suas despesas têm origem “nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”.