PF faz condução coercitiva de ex-engenheiro da Braskem
Paulo Roberto Cabral de Melo foi conduzido pela PF para prestar depoimento à CPI da Braskem no Senado
A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira, 13, uma condução coercitiva do engenheiro Paulo Roberto Cabral de Melo que será ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. O colegiado do Senado investiga o afundamento do solo em Maceió provocado por uma das minas de sal-gema da petroquímica.
Paulo Roberto Cabral de Melo, engenheiro e responsável técnico pelas minas da Braskem, foi gerente-geral da planta de mineração da Salgema Mineração Ltda (hoje Braskem S.A.), em Maceió, de 1976 a 1997. Ele atuou ainda como consultor para a Braskem por meio de sua empresa Consalt Consultoria Mineral Ltda, onde atualmente é sócio-diretor.
O engenheiro faltou a depoimento na semana passada, após ser beneficiado com um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. No entanto, o instituto obrigava o comparecimento do convidado à CPI, com o direito de permanecer em silêncio nas perguntas que pudessem incriminá-lo.
Conforme apurou O Antagonista, o engenheiro foi conduzido de Maceió até Brasília pela PF e será ouvido pela CPI da Braskem nesta terça-feira, 15. Além disso, o colegiado já aprovou a quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário do engenheiro.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator da CPI, espera verificar o envolvimento de Cabral, a partir de 2005, em possíveis ilegalidades com agentes públicos que tenham levado à omissão no dever estatal de fiscalização das atividades da Braskem.
Segundo Rogério, a Braskem contratava empresas de engenharia para “autodeclarar que está indo bem e tendo o aval, simplesmente uma ação cartorial, dos órgãos de regulação”. No Brasil, a Agência Nacional de Mineração (ANM) é o órgão federal responsável pela fiscalização do setor.
Em seu currículo, Cabral afirma ter exercido a gerência-geral da planta de mineração da “Salgema Mineração”, nome anterior da Braskem, entre os anos de 1976 e 1997. Depois de 2007, também passou a prestar consultoria à petroquímica.
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