A equipe do governo eleito já ouve alternativas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Uma delas seria a abertura de um crédito extraordinário, portanto fora do teto de gastos. A proposta foi levantada durante uma reunião na manhã desta sexta-feira (4), no Senado, com Aloizio Mercadante, Gleisi Hoffman e integrantes das bancadas do PT nas Casas.

A saída pela PEC, no entanto, ainda é vista como prioritária.

O líder do partido na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG); o deputado Paulo Pimenta (PT-SP); Ênio Verri (PT-PR); e Rui Falcão (PT-SP) devem atuar na articulação da PEC e trabalham para fechar uma alternativa de texto até a terça-feira (8).

Ontem, Renan Calheiros (MDB-AL) chamou a PEC de “barbeiragem” em conversa com O Antagonista. Gleisi Hoffman entrou em cena e conversou com senador com a missão de reforçar que o texto buscava cumprir promessas que “foram contratadas com o povo”.

A PEC foi apresentada como opção ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como alternativa para garantir espaço na lei orçamentária ao pagamento de ações como manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.

Ela dispensaria, de forma excepcional, o governo de cumprir o teto de gastos, o que tem criado resistência de nomes econômicos quanto aos efeitos do aumento da dívida fiscal e de uma explosão da dívida pública.