PDT do Senado contraria bancada da Câmara fica na base de Lula
Parlamentares são mais alinhados ao presidente do partido, Carlos Lupi, que pediu demissão do Ministério da Previdência

Ao contrário do que decidiu a bancada da Câmara, os parlamentares do PDT do Senado decidiram ficar na base do governo Lula na Casa.
“A decisão foi tomada tendo por base a afinidade da bancada com o governo tanto no projeto de desenvolvimento para o Brasil, como na maioria das pautas no Senado”, informou há pouco a bancada que tem como representantes os senadores Ana Paula Lobato (MA), Leila Barros (DF) e Weverton Rocha (MA, foto).
Weverton é um antigo aliado do presidente do PDT, Carlos Lupi, e considerado um dos integrantes da base histórica da sigla. Ana Paula Lobato era suplente do hoje ministro do STF Flávio Dino e alinhada politicamente ao seu colega maranhense.
“A bancada do Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, informaram os senadores.
Como mostramos mais cedo, a bancada do PDT na Câmara decidiu deixar a base do governo Lula (PT) e passar a atuar como independente.
O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), salientou em coletiva de imprensa, nesta terça, que o problema de relacionamento da bancada com o governo “já vem há muito tempo”.
Segundo ele, os deputados pedetistas entendem que o Executivo não está dando e não estava dando, mesmo antes da revelação do escândalo dos descontos irregulares de aposentadorias e pensões, “a reciprocidade e o respeito que o PDT julga merecer”.
A fritura pública de Carlos Lupi desencadeada pelo Palácio do Planalto após a revelação do escândalo foi “o pingo d’água que faltava” para a bancada decidir deixar a base.
“Num país polarizado como o nosso, tendo apenas dois campos prevalecendo hoje, a gente tem que tomar um cuidado muito grande com os movimentos que a gente faz, até para não parecer que a gente está escolhendo o outro lado. Não é o caso. Não estamos escolhendo o outro lado, estamos escolhendo o nosso lado”, afirmou Heringer.
“Nós somos contra essa polarização, nós podemos ser, a partir de hoje, o que oferece uma alternativa a essa polarização. Não é fácil, não é simples. Em virtude desse acontecimento [do INSS], temos a preocupação muito grande com a preservação da imagem do nosso partido, que foi duramente agredida pela situação“.
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