Partido da Causa Bilionária
PCO fez uma heróica concessão a seja lá o que defende atualmente para apoiar a pleito de liberdade de expressão do bilionário Elon Musk contra Moraes
O Partido da Causa Operária (PCO) fez uma heróica concessão a seja lá o que defende atualmente para apoiar a pleito de liberdade de expressão do bilionário Elon Musk contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em resposta a um outro texto doidão, o site do Diário fa Causa Operária (DCO) publicou “Não importa que é bilionário, Musk está certo, Moraes errado” (foto).
“É verdade que ele é um dos beneficiários da brutal concentração de renda que impera no mundo. Porém, até onde sabemos, o senhor Alexandre de Moraes, vulgo Xandão, não é nenhum paladino socialista que está aí para nos defender de ricaços malvadões”, diz o texto do PCO, cujos perfis de redes sociais passaram meses bloqueados a mando de Moraes.
O ministro do STF bloqueou as redes sociais do PCO em 2 de junho de 2022, após o perfil da legenda no X, antigo Twitter, chamá-lo de “skinhead de toga” e acusá-lo de preparar um “novo golpe nas eleições”, por sua “sanha de ditadura”. O partido também pediu a dissolução do STF.
Palanque para o Hamas
No texto, o PCO diz defender “a liberdade de expressão irrestrita”, seguindo: “e nem por isso somos neoliberais”.
“A defesa da liberdade de expressão é uma bandeira das mais antigas da esquerda revolucionária. Sem essa liberdade fundamental, nenhuma outra faz sentido. Hoje, por exemplo, mal se pode defender a luta do povo palestino contra a ocupação sionista, uma opinião política como essa é logo taxada de antissemitismo, podendo ser criminalizada e tratada como racismo”, argumenta o partido.
Recentemente, o PCO montou um palanque para chefe do braço político do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh. Em “mensagem ao povo brasileiro”, o líder do grupo terrorista disse que os mujahideen e a brigada Al-Qassam não tinham como alvo os civis nos ataques realizados contra Israel em 7 de outubro de 2023.
O fato é que 1.200 inocentes foram assassinados nos ataques de 7 outubro, além dos outros 239 que foram feitos reféns. Além de judeus, o Hamas também abusa dos civis palestinos, utilizando-os como escudos diante da resposta israelense ao terror.
“Método de luta”
Antes de conversar com Haniyeh, Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, defendeu o terrorismo como “método de luta”, não como um crime. “Criou-se um misticismo de caráter quase religioso contra o terrorismo. Algo que é muito favorável às forças reacionárias do mundo. O terrorismo é um método de luta, não é um crime, não é uma maldição do inferno“, disse em live.
Ao contrário do que diz Pimenta, terrorismo é crime no Brasil, tipificado na lei 13.260, aprovada em março de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff. Mas esse conteúdo específico do PCO não foi derrubado das redes sociais, nem houve qualquer bloqueio de seus perfis por isso.
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