Após a deputada federal Gleisi Hoffmann ser indicada pelo presidente Lula (PT) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha, o Partido dos Trabalhadores (PT) fará uma reunião na próxima sexta-feira, 7, para definir quem será o presidente interino da sigla, segundo revelou O Globo.

O senador Humberto Costa e o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, disputam espaço para assumir o comando da legenda.

Lideranças do grupo interno ‘Construindo um Novo Brasil (CNB)’ entendem que Costa deveria assumir em um mandato-tampão, o que o colocaria como postulante a ser candidato na disputa oficial de julho deste ano.

Para assumir o ministério, Gleisi precisará deixar a presidência do PT.

Gleisi no governo

A indicação de Gleisi para a pasta representa uma derrota aos partidos do Centrão. Aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), tentavam convencer Lula a que ele acatasse a nomeação de Sílvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos; outra ala do governo sugeriu o nome de Isnaldo Bulhões, do MDB de Alagoas.

Como mostramos mais cedo, o presidente Lula havia indicado a alguns aliados nos últimos dias que pretendia nomear Gleisi Hoffmann para o lugar de Alexandre Padilha.

Não é de hoje que Lula vislumbrava o nome de Gleisi para um ministério.

Em 30 de janeiro, em conversa com jornalistas, o petista fez um aceno público à presidente do PT. “Ela [Gleisi] tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora, não tem nada definido. Ela não conversou comigo, eu não conversei com ela”, disse o petista.

No entanto, o cenário mudou completamente nos últimos dois dias. Com a dispensa de Nísia Trindade, Lula foi criticado pelo fato de ter rifado, novamente, uma mulher. E, nesse contexto, a saída Gleisi seria interessante para desfazer essa narrativa.