Ouça o áudio no qual Daniel Silveira admitiu a O Antagonista a gravação de reunião do PSL
Mais cedo, como noticiamos, em participação remota no Conselho de Ética da Câmara, o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) disse que não gravou uma reunião do seu partido em outubro de 2019. "Tampouco eu gravei aquela reunião", afirmou. Com isso, Silveira se contradiz e muda uma versão que ele mesmo havia dado a O Antagonista naquele ano...
Mais cedo, como noticiamos, em participação remota no Conselho de Ética da Câmara, o deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) disse que não gravou uma reunião do seu partido em outubro de 2019.
“Tampouco eu gravei aquela reunião”, afirmou.
Com essa negativa, Silveira se contradiz e muda uma versão que ele mesmo havia dado a O Antagonista naquele ano.
Atualmente em prisão domiciliar por ter ameaçado ministros do STF, o parlamentar é alvo de uma representação do PSL justamente por ser acusado de ter gravado, sem autorização, a reunião do partido. O áudio daquele encontro, no qual, entre outras coisas, o então líder da bancada, Delegado Waldir, chamou Jair Bolsonaro de “vagabundo” e falou que iria “implodir” o presidente da República, vazou para a imprensa.
Em 17 de outubro de 2019, o próprio Daniel Silveira, em conversa com Diego Amorim, por telefone, admitiu claramente que havia gravado, sim, a reunião (escute o áudio da entrevista, na íntegra, abaixo).
Silveira afirmou, na ocasião, que decidiu gravar a conversa para blindar Bolsonaro do que ele chamou de “provável conspiração”.
“Isso estava em conluio, na verdade. Tivemos que trabalhar como infiltrados ali para poder conseguir acessar as informações, senão não tinha como. Era uma cúpula fechada tramando contra a República. Isso aí por fundo partidário, dinheiro e poder: não serve, o Brasil não espera mais isso, não.”
Silveira contou que enviou, inclusive, o áudio para o presidente.
“Claro, ele foi o primeiro a ouvir.”
Perguntamos como Bolsonaro reagiu.
“Com um pouco de surpresa, porque tinha muitas informações ali, informações que, ao meu ver, são um pouco estarrecedoras, porque trariam um prejuízo, de fato, para o Brasil.”
O deputado completou:
“Eu estou eleito na base do Bolsonaro e, custe o que custar, a gente vai defender o presidente.”
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