Os atropelos da “PF do Xandão”
Reportagem da revista Crusoé destaca o duelo na Polícia Federal que coloca em risco a credibilidade da corporação
A reportagem de capa da 300ª edição da revista Crusoé, assinada por Carlos Graieb e Wilson Lima, destaca o duelo na Polícia Federal que coloca em risco a credibilidade da corporação.
Enquanto o governo Lula atua para minar os delegados ligados à Operação Lava Jato e os identificados ao bolsonarismo, um grupo de delegados atua em contato direto com o ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal.
Neste começo de 2024, esse núcleo produziu investigações confusas sobre o deputado federal Carlos Jordy e sobre o vereador Carlos Bolsonaro, ensejando diligências de grande impacto. Essa equipe vem sendo chamada de “PF do Xandão”.
“O problema é que, ao contrário da Lava Jato, as investigações dessa ‘PF do Xandão’ têm tido tropeços. Depois de mais de um ano do 8 de Janeiro, ainda não se conseguiu montar um caso sólido sobre possíveis financiadores dos acampamentos em Brasília e das caravanas que rumaram à capital naquele domingo. Há quinze dias, um avanço nessa direção pareceu acontecer. Agentes foram enviados à residência e ao gabinete parlamentar do deputado federal Carlos Jordy, líder da oposição. Ele teria comandado o transporte de pessoas desde o Rio de Janeiro para participar do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Em seguida ficou claro que a polícia concluiu que o suposto braço direito de Jordy havia estado em Brasília no 8 de Janeiro com base numa foto adulterada. Um erro de investigação que inaceitável numa operação de alta voltagem política.
Nesta semana, Alexandre de Moraes autorizou diligências em endereços da família Bolsonaro, tendo por alvo específico o filho 02 do ex-presidente, Carlos. O que está sendo investigado é a formação de uma ‘Abin paralela‘”‘, um sistema clandestino de monitoramento de dezenas de adversários, durante o governo passado. Mais uma vez, os dados transcritos do inquérito policial pelo Procurador Geral da República Paulo Gonet, em parecer favorável à operação, e pelo próprio Moraes, eram confusos. O enredo descrito tinha inconsistências nas datas.”
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