Oposição vai ao TCU e à PGR para investigar provocações da Secom após ação da PF
Deputado Ubiratan Sanderson apresentou denúncias para se apurar possível desvio de finalidade
![avatar](https://cdn.oantagonista.com/uploads/2024/07/Wilson-Lima.webp)
![Oposição vai ao TCU e à PGR para investigar provocações da Secom após ação da PF](https://cdn.oantagonista.com/uploads/2024/01/Captura-de-Tela-2024-01-29-as-14.37.01-1024x618.png)
Deputados de oposição ao governo Lula ingressaram com representações no Tribunal de Contas da União e na Procuradoria-Geral da República nesta segunda-feira, 29, para investigar possível desvio de finalidade nas contas da Secom após postagens de caráter irônico feitas pelo Palácio do Planalto alusivas à operação da PF que mirou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Como mostramos mais cedo, a Secom do governo Lula aproveitou a operação da Polícia Federal contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para debochar da família Bolsonaro. O perfil da Secom no X, ex-Twitter, publicou a hashtag #GRANDEDIA, celebrizada pela família Bolsonaro, em postagem sobre o novo salário mínimo que dizia “Só notícia boa!”.
A conta Governo do Brasil na mesma rede fez outra alusão aos adversários de Lula, ao usar o bordão “toc, toc, toc” em postagem sobre a visita de agentes comunitários para combater o mosquito da dente. O termo foi cunhado pela ex-deputada Joice Hasselmann, em discurso proferido na Câmara dos Deputados. Desde então vem sendo usado pela ex-congressista para criticar a família Bolsonaro.
Qual é a justificativa para a representação?
“Ao debochar reiteradamente de seus adversários políticos, muitos deles declaradamente pessoais, observa-se que o presidente Lula da Silva, ainda que indiretamente, tem utilizado a estrutura da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal como um subterfúgio para sua promoção pessoal”, diz o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) na representação apresentada ao TCU e na denúncia impetrada na Procuradoria-Geral da República.
“A situação que, por si, é flagrantemente ilegal por afronta aos princípios norteadores da Administração Pública e do que preceitua a Constituição Federal”, acrescenta o parlamentar.
Paulo Pimenta nega provocação da Secom
Em entrevista à Globo News, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, negou que as mensagens tenham caráter político. Para ele, o governo Lula apenas “surfou na onda” dos assuntos mais comentados da internet.
“Quando um jornalista vai gerar um tema, ele vai no Google e utilizar a repercussão para vincular à mensagem. O assunto que ‘está bombando’. É isso o que a gente faz”, disse Pimenta.
“Eu acho que a gente tem que perceber, eu acho que o governo deve utilizar a sua comunicação institucional considerando todas as mudanças e as formas como as pessoas se comunicam”, acrescentou.
“E eu acho que fomos bem-sucedidos. Tivemos mais de um milhão de interações em cada uma das redes sociais. (…) Nossa centralidade na mensagem foi o tema da dengue, e o fato de estarmos aqui conversando sobre isso mostra que nós conseguimos, em meio a tantas notícias que hoje, durante o dia, chamaram a atenção dos telespectadores e dos internautas, jogar o foco para o tema da dengue, que era a nossa ação”, desconversou o ministro.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)