Oposição a Tarcísio protocola pedido de impeachment de Derrite
Deputados da esquerda acusam secretário de “crimes de responsabilidade e de atentado ao livre exercício do direito social à segurança pública"
Deputados da oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolaram nesta sexta-feira, 6 de dezembro, um pedido de impeachment contra Guilherme Derrite (foto), secretário de Segurança Pública do estado.
A iniciativa, liderada pelo deputado Guilherme Cortez (PSOL), teve apoio de parlamentares de partidos da esquerda, como PT, PSOL, PCdoB, Rede e PSB.
Os deputados acusam Derrite de “crimes de responsabilidade, de atentado ao livre exercício do direito social à segurança pública e atentado à probidade da administração”. O pedido foi feito em meio à polêmica envolvendo um policial militar que atirou um homem de uma ponte na capital paulista.
Os parlamentares também criticaram a postura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que mantém Derrite no cargo e atribuiu a si a responsabilidade por eventuais erros da polícia.
Para Cortez, a gestão estadual “normaliza condutas truculentas” e instrumentaliza a violência para fins políticos.
“O governador de São Paulo optou por protegê-lo, desconsiderando completamente as dores das vítimas e normalizando essa conduta policial truculenta. O projeto do governo é instrumentalizar a violência policial para fins eleitorais”, afirmou o deputado do PSOL.
Agora, cabe ao presidente da Alesp, André do Prado (PL), decidir se aceita ou não o pedido de impeachment.
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Derrite fica
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou na última quarta-feira, 4, que Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do estado, permanecerá no cargo.
Ao adentrar a Câmara dos Deputados pela chapelaria do Congresso Nacional, Tarcísio foi abordado por um jornalista que dizia que a “polícia matou um homem” e questionava o governador sobre o caso.
Tarcísio retrucou: “Não foi isso que aconteceu[o homem não morreu]. A pessoa saiu com ferimentos leves. O que aconteceu foi muito ruim, nós vamos tomar uma providência. Cuidado com essa afirmação”.
Questionado se o secretário Guilherme Derrite permanecerá à frente da segurança pública de São Paulo após a polêmica, Tarcísio afirmou que manterá o deputado licenciado no cargo. Sobre a qualidade do trabalho desenvolvido por ele, destacou: “Olhe os números que você vai ver [o trabalho de Derrite]. Olhe as estatísticas”
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