O TCU e a bandalha com desconto
Ontem, o normalmente morno plenário do Tribunal de Contas da União pegou fogo. O assunto era sobre se o consórcio formado pela Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht -- sempre as mesmas -- deveria pagar imediatamente o ressarcimento de um contrato superfaturado com a Petrobras...
Ontem, o normalmente morno plenário do Tribunal de Contas da União pegou fogo. O assunto era sobre se o consórcio formado pela Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht — sempre as mesmas — deveria pagar imediatamente o ressarcimento de um contrato superfaturado com a Petrobras, assinado em maio de 2008, para o serviço de terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Depois de horas de discussão acalorada, com ministros querendo refazer oitivas e jogar a bandalha lá para a frente, a perder de vista — em nome, claro, do interesse público –, o plenário decidiu que estava na hora de as empreiteiras pagarem o que devem.
No entanto, o ministro Benjamin Zymler conseguiu — em nome, claro, do interesse público — reduzir o valor base do débito das empresas de 82 milhões para 73 milhões de reais. Além disso, obteve que o plenário não condenasse solidariamente os gestores da Petrobras. Os ministros André Luiz de Carvalho e Augusto Sherman, que lutaram pela condenação de todos os envolvidos, foram votos vencidos.
Resumiu André Luiz de Carvalho: “Desse jeito, até eu quero ser gestor da Petrobras e desviar dinheiro. Porque não sou condenado e a empresa culpada ainda ganha desconto na dívida.”
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