O Patriota não garantiu nada a Sergio Moro
Na noite da última quarta-feira, em Brasília, Sergio Moro e a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu, receberam dirigentes do Patriota para um jantar. O Patriota está em reconstrução, depois que a família Bolsonaro tentou, sem sucesso, tomar o partido na marra. O grupo de Adilson Barroso, então presidente e entusiasta da filiação do presidente da República, foi implodido em meio a sucessivas derrotas judiciais...
Na noite da última quarta-feira, em Brasília, Sergio Moro e a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu, receberam dirigentes do Patriota para um jantar.
O Patriota está em reconstrução, depois que a família Bolsonaro tentou, sem sucesso, tomar o partido na marra. O grupo de Adilson Barroso (foto), então presidente e entusiasta da filiação do presidente da República, foi implodido em meio a sucessivas derrotas judiciais.
Hoje, o Patriota, antigo Partido Ecológico Nacional (PEN), é presidido por Ovasco Resende e tem como secretário-geral Jorcelino Braga. Os deputados federais Fred Costa e Marreco Filho também estão à frente da nova gestão da sigla.
Para o jantar de quarta, representando o Patriota, foram somente Ovasco e Jorcelino. O ex-juiz e a presidente do Podemos quiseram saber dos dois quais os planos da legenda para a corrida presidencial de 2022, pois Renata se mostrava animada com uma possível aliança para o projeto de Moro.
Os dirigentes, no entanto, agradeceram a gentileza do convite, mas deixaram claro que o partido está sendo reestruturado e que qualquer decisão para 2022 só será tomada depois de consultadas todas as lideranças estaduais, ainda em formação.
O Patriota pediu, no mínimo, 15 dias para que a conversa pudesse ser retomada.
O Antagonista apurou que a tendência, pelo menos por enquanto, é o partido não fazer aliança alguma para a disputa ao Planalto. Ainda tentando arrumar a casa após a bagunça deixada pelos bolsonaristas, o objetivo da sigla é somente um: formar federações partidárias para alcançar com folga a cláusula de barreira e eleger pelo menos 12 deputados federais — hoje o Patriota tem 6 deputados.
“Não vejo o Patriota se alinhando com ninguém formalmente. Com a situação política atual, qualquer posição que a gente tomar é comprar uma briga que não necessariamente é nossa”, disse, em reservado, um dirigente do partido.
“Hoje eu diria que é zero a chance de o Patriota se aliar com qualquer candidato para a disputa presidencial. Os apoios nos estados serão liberados”, reforçou outra fonte da sigla.
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