“O momento mais grave para a Lava Jato”
O procurador Leonardo Cardoso de Freitas, do Rio de Janeiro, disse que é “o momento mais grave” para a Lava Jato. Ele não se refere às reportagens alopradas dos verdevaldianos, e sim à decisão de Dias Toffoli de amarrar as mãos do Coaf e da Receita Federal...
O procurador Leonardo Cardoso de Freitas, do Rio de Janeiro, disse que é “o momento mais grave” para a Lava Jato.
Ele não se refere às reportagens alopradas dos verdevaldianos, e sim à decisão de Dias Toffoli de amarrar as mãos do Coaf e da Receita Federal.
Leia um trecho de sua entrevista ao Estadão:
Como a decisão do ministro Dias Toffoli afeta a Lava Jato?
A força-tarefa utiliza vários meios de investigação e o apoio do Coaf, que é a unidade de inteligência brasileira, é muito importante e muito usado. O impacto é grande e nós lamentamos uma decisão tão abrangente, revertendo uma jurisprudência tão pacífica nesse ponto. Nosso modelo faz parte de um sistema internacional do combate de ativos. Esse sistema é formatado pelas democracias modernas, é um sistema que, a nosso juízo, garante o devido processo legal, protege os direitos individuais, protege o sigilo. As pessoas estão confundindo o que é quebra de sigilo bancário com o serviço do Coaf. Ele apenas comunica operações suspeitas. Tanto que não pode fazer um juízo sobre a inteireza do crime de lavagem de ativos. Não tem como.
Quantos casos da Lava Jato do Rio podem ser afetados?
Não saberia dizer, não temos esse levantamento. O que posso dizer é que o Coaf é um parceiro importante, de muito tempo, que traz elementos muito relevantes para nossas investigações em geral.
Este é o pior momento da Lava Jato?
O que eu posso dizer é que todo dia é uma novidade. Temos desafios diários, são vários. Mas é o momento mais grave. É a primeira vez, pelo que lembro, que uma generalidade de casos nossos está em risco. Tem essa peculiaridade.
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