O professor de Direito Constitucional da USP, Conrado Hubner Mendes, instituiu na Folha de S. Paulo um concurso intitulado “JusPorn Awards 2020”. Segundo ele, “da pornografia nas profissões jurídicas fez-se o JusPorn Awards. A premiação com maior octanagem do ano não veio para ofender orgulho concurseiro dos bacharéis em direito. Quer apenas lhes apresentar o DNA da magistrocracia, a fração hegemônica que governa as instituições de justiça desde o Big Bang. Se a magistrocracia pré-Bolsonaro já era um monumento antirrepublicano, a magistocracia bolsonarista saiu do armário, tomou banho de loja e já pode curtir seu dia de orgulho magistrocrata em paz. As categorias do prêmio refletem a corrupção institucional, autoritarismo e aberração ética que permeiam carreiras da Justiça”.

Conrado Hubner Mendes não incluiu magistrados de esquerda na sua lista (a exceção foi Toffoli, mas convenhamos que ele é praticamente um neobolsonarista), responsáveis por boa parte da corrupção institucional, autoritarismo e aberração ética que permeiam carreiras da Justiça, e misturou juízes honestos com desonestos apenas por divergência ideológica, como é o caso de Sergio Moro. Já que não o fez, resolvemos entrar na brincadeira — é brincadeira, não é, Hubner? — e conferir o JusPorn Awards de desonestidade ideológica ao eminente professor de direito constitucional da USP.

Parabéns, Conrado Hubner Mendes, você ganhou o JusPorn Awards de desonestidade ideológica. Pode continuar com a sua caça às bruxas, enlameando a reputação de magistrados respeitáveis que apenas não concordam com você.