O jogo duplo também de Eduardo Bolsonaro na legalização da jogatina O jogo duplo também de Eduardo Bolsonaro na legalização da jogatina
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O jogo duplo também de Eduardo Bolsonaro na legalização da jogatina

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Diego Amorim
3 minutos de leitura 21.02.2022 11:53 comentários
Brasil

O jogo duplo também de Eduardo Bolsonaro na legalização da jogatina

Não é só Jair Bolsonaro que está fazendo jogo duplo na tramitação do projeto que propõe liberar a jogatina no Brasil. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, votou contra a urgência da proposta, no fim do ano passado, mas já participou de reunião para tratar do assunto, na qual se mostrou favorável ao tema...

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O jogo duplo também de Eduardo Bolsonaro na legalização da jogatina
Reprodução/redes sociais

Não é só Jair Bolsonaro que está fazendo jogo duplo na tramitação do projeto que propõe liberar a jogatina no Brasil. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, votou contra a urgência da proposta, no fim do ano passado, mas já participou de reunião para tratar do assunto, na qual se mostrou favorável ao tema.

A reunião em questão foi em setembro de 2020, como registramos, na Embratur, à época comandada por Gilson Machado, atual ministro do Turismo. Além de Eduardo, estiveram presentes o senador Irajá (PSD-TO), que apresentou um projeto de lei para liberar a jogatina somente em resorts (leia aqui a íntegra), e o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), conhecido como Hélio Negão.

Em janeiro de 2020, como O Antagonista revelou, Irajá viajou com outro filho do presidente, o senador Flávio, aos Estados Unidos, com tudo bancado pelo Senado, em “missão oficial” para tratar da jogatina: eles passaram oito dias em Miami e em Las Vegas, onde foram recebidos pelo empresário salvadorenho Mario Guardado, diretor de cassinos, e pelo magnata Sheldon Adelson, que morreu um ano depois.

Desde que assumiu o governo, Jair Bolsonaro e a família são pressionados por líderes do Centrão a trabalhar a favor da legalização dos jogos de azar. Durante a campanha em 2018, o então candidato dizia que os cassinos serviam para “lavar dinheiro” e “destruir as famílias” — leia aqui.

No fim de 2019, Bolsonaro recebeu para um almoço, no Palácio do Planalto, um grupo de parlamentares — liderado pelos deputados Elmar Nascimento (DEM) e Paulinho da Força (Solidariedade) — que defende a legalização dos jogos de azar e já estava se movimentando para colocar a matéria em votação. Menos de um mês depois, Flávio viajou a Las Vegas.

Um dos parlamentares envolvidos no debate já disse a O Antagonista que “os olhos do presidente brilham” quando pedem para ele imaginar a Costa Verde — litoral sul do Rio de Janeiro, onde a família Bolsonaro tem casa — repleta de cassinos à beira-mar. As negociações indicam que, se aprovada a liberação da jogatina, Foz do Iguaçu e regiões do Nordeste também receberiam investimentos quase que imediatamente.

Em maio de 2020, o então ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, admitiu pela primeira vez o plano do governo Bolsonaro de instalar cassinos no Brasil. Assista aqui ao nosso vídeo sobre o tema. E leia aqui uma reportagem da Crusoé.

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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