O aval de Lula para o benefício bilionário da Odebrecht
No pedido de prisão de executivos da Braskem, realizada hoje, o Ministério Público mostrou e-mails em que Marcelo Odebrecht reportava a eles tratativas com o "amigo do meu pai" -- ele mesmo, Lula -- para aprovar um benefício fiscal bilionário obtido pelo grupo em 2009...
No pedido de prisão de executivos da Braskem, realizada hoje, o Ministério Público mostrou e-mails em que Marcelo Odebrecht reportava a eles tratativas com o “amigo do meu pai” — ele mesmo, Lula — para aprovar um benefício fiscal bilionário obtido pelo grupo em 2009.
Inicialmente, junto com outras exportadoras, a Odebrecht tentava aprovar, por intermédio de Antonio Palocci e dentro da Medida Provisória 460, a extensão até 2002 do crédito-prêmio do IPI, benefício que havia sido extinto em 1990.
O beneficio foi vetado por Lula por causa de uma decisão contrária do STF.
A Odebrecht não desistiu e recorreu então a Guido Mantega para que fossem editadas novas medidas provisórias (as MPs 470 e 472), para obter benefícios de outro modo, com abatimento de dívidas tributárias de mais de R$ 1 bilhão com base em prejuízos fiscais passados.
O benefício custou R$ 50 milhões à Odebrecht, disponibilizados para Guido Mantega no caixa geral de propinas destinadas ao PT.
Neste e-mail, segundo o MPF, a comprovação de que Palocci (“Italiano”) atuava por delegação de Lula:
Em outro e-mail, Bernardo Gradin, da Braskem, fala até do discurso político que Emílio Odebrecht poderia sugerir a Lula para justificar a concessão do benefício:
O assunto também fez parte da agenda de um encontro entre Emílio Odebrecht e Lula na época:
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