O alicate de Tacla Duran
Para atingir Sergio Moro, a Veja requentou a história envolvendo uma suposta investigação contra Álvaro Dias. Segundo a matéria, a Polícia Federal teria obtido e-mail sobre repasse de propina a um tal "alicate". O documento constaria de um inquérito misterioso enviado há três anos para Curitiba e devolvido em fevereiro do ano passado à Justiça de São Paulo...
Para atingir Sergio Moro, a Veja requentou a história envolvendo uma suposta investigação contra Álvaro Dias. Segundo a matéria, a Polícia Federal teria obtido e-mail sobre repasse de propina a um tal “alicate”.
O documento constaria de um inquérito misterioso, aberto a partir de investigações sobre os doleiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, enviado há três anos para Curitiba e devolvido em fevereiro do ano passado à Justiça de São Paulo.
Até as paredes da sala da PF onde Lula ficou detido por 580 dias sabem que Tacla Duran tenta incriminar Sergio Moro e os procuradores. Operador da Odebrecht e foragido da Justiça brasileira, Duran tentou até um acordo de delação com a PGR de Augusto Aras.
Ao que parece, o doleiro tenta limpar sua própria sujeira na Lava Jato.
Em outra denúncia envolvendo Tacla Duran, o codinome “alicate” aparece em arquivo do sistema Drousys da Odebrecht com as operações de lavagem de propina para o ex-gerente da Petrobras Simão Tuma. As informações sobre os repasses eram enviadas ao e-mail [email protected], gerenciado pelo próprio operador para controle.
“A partir de detida análise da planilha em questão é possível verificar tratar-se de documento por meio do qual RODRIGO TACLA DURAN controlava os atos de lavagem realizados em benefício de SIMÃO TUMA”, diz o MPF.
“Isso fica comprovado, para além de qualquer dúvida, na medida em que as operações citadas na planilha são coincidentes, em valores, em datas e em instituições bancárias utilizadas, com as movimentações bancárias identificadas na conta do ex-funcionário da PETROBRAS SIMÃO TUMA, cujo acesso foi autorizado por esse Juízo em sede dos autos de afastamento de sigilo bancário nº 5040901-29.2017.404.7000.”
A partir do afastamento do sigilo bancário de Simão Tuma, a Lava Jato extraiu, por exemplo, “8 transações de depósitos fracionados em seu favor, limitados a R$ 9.500,00 cada, exatamente em quatro instituições bancárias distintas [Caixa Econômica Federal (Código 104), Santander (Código 33), Itaú (Código 341) e Banco do Brasil (Código 01)], exatamente conforme as inscrições da planilha de RODRIGO TACLA DURAN, totalizando R$ 76.000,00, no interregno de 29/07/2013 e 31/07/2013”.
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