De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio de Janeiro, o número de casos prováveis de dengue está dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano.

Essa situação já se mantém por mais de três semanas consecutivas, levando a SES a classificar o nível de enfrentamento da doença como 3, o mais alto e que representa emergência em saúde pública.

Segundo o painel de monitoramento de casos no estado, até o dia 11 de março foram registrados 117.162 casos prováveis de dengue. Desses, 3.313 pacientes precisaram ser internados e infelizmente 31 óbitos foram confirmados.

Áreas mais atingidas

As áreas fluminenses que mais preocupam em relação à alta incidência da doença são a Região Metropolitana, a Baixada Litorânea, a Baía de Ilha Grande e o centro sul do estado.

Apesar do aumento no número de casos, a secretaria informou que não houve um aumento consistente na taxa de ocupação de leitos e considera estável o número de atendimentos suspeitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

A região do Médio Paraíba foi a primeira a apresentar piora na situação epidemiológica e agora registra uma redução no número de casos.

Mais da metade dos registros ocorreram na capital do estado, a cidade do Rio de Janeiro, que acumula 59.776 notificações e quatro mortes.

Medidas preventivas

A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância de medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Segundo a secretaria, 80% dos criadouros estão dentro de lares e quintais, por isso é fundamental evitar a formação de focos de água parada.

É recomendado não se automedicar e buscar atendimento médico em casos de sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, prostração, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo.

Para combater o mosquito transmissor, é importante adotar medidas como manter caixas d’água bem vedadas, colocar areia nos pratos de plantas, não permitir que garrafas velhas e pneus acumulem água da chuva e limpar calhas de casas regularmente.

Em relação à proteção individual, recomenda-se a aplicação de repelentes, o uso de roupas que cubram o corpo, como calças e camisas com mangas compridas, e a instalação de telas de proteção em janelas e portas.

No Brasil todo, já foram registrados 1,5 milhão de casos prováveis de dengue em 2024, com 391 mortes confirmadas.