As novas formas de ação dos bandidos em São Paulo
São Paulo fez inegáveis progressos no combate ao crime nos últimos anos, mas essa é uma batalha contínua, registra o Estadão em editorial. "Houve uma grande redução do número de homicídios, hoje de 8 por 100 mil habitantes, de longe a taxa mais baixa do Brasil. Mas...
São Paulo fez inegáveis progressos no combate ao crime nos últimos anos, mas essa é uma batalha contínua, registra o Estadão em editorial.
“Houve uma grande redução do número de homicídios, hoje de 8 por 100 mil habitantes, de longe a taxa mais baixa do Brasil. Mas, além de a maior parte desses crimes ser de natureza passional e acertos de contas individuais, sem relação direta com segurança pública, falta o mais importante, que é responder ao desafio do crime organizado e das novas formas de ação dos bandidos, como a dos ataques às pequenas cidades.”
O jornal se refere aos ataques a bancos e caixas eletrônicos, que cresceram nos últimos três anos, principalmente em cidades do interior, onde os bandidos se aproveitam do fato de os efetivos policiais não serem suficientes para enfrentar essa nova realidade.
“As cidades mais atingidas foram as situadas nas proximidades de Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Ribeirão Preto. Escolhidas a dedo entre as que possuem menor número de policiais, nelas a maneira de atuar dos bandidos é sempre a mesma: em geral em grupo de dez, eles chegam em caminhonetes exibindo armas longas, numa encenação destinada a amedrontar a população. Usam dinamite para explodir os terminais eletrônicos e os caixas das agências e agem com rapidez para fugir antes da chegada de reforços.
(…) Por precaução, os bandidos ainda promovem, como fizeram nos ataques em Tapiraí, uma ação na zona rural para ocupar os outros agentes do efetivo da PM, segundo o sargento José Aparecido Vieira: ‘Com isso, eles tiram nossa atenção (do que se passa na cidade) e então a quadrilha age. Eles têm uma ação planejada’.”
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