Em uma medida que promete aliviar o bolso de muitos contribuintes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a atualização da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

A partir de agora, indivíduos que recebem até dois salários mínimos estão isentos do pagamento deste tributo, uma notícia que foi recebida com grande satisfação pela população.

Entenda como funciona a nova tabela do IRPF

A nova tabela do Imposto de Renda, que entrou em vigor já em fevereiro deste ano, foi desenhada para beneficiar especialmente aqueles que ganham menos.

Com a nova faixa de isenção aumentada para rendimentos de até R$ 2.259,20, estima-se que cerca de 15,8 milhões de brasileiros deixarão de contribuir com o IR, segundo dados fornecidos pelo governo.

O que muda com a nova tabela de IR?

A majoração da faixa de isenção foi pensada para coincidir com as celebrações do Dia do Trabalho, simbolizando um gesto de reconhecimento à classe trabalhadora do país.

Além do aumento do limite de isenção, ainda há a introdução de um desconto de R$ 564,80 diretamente na fonte, o que significa que o benefício é automaticamente aplicado, reduzindo a burocracia para o trabalhador.

Quais são os novos limites e alíquotas?

Veja a seguir como ficou estruturada a nova tabela progressiva do Imposto de Renda para Pessoa Física:

• Até R$ 2.259,20 – Alíquota de 0%, ou seja, isento.

• De R$ 2.259,21 até R$ 2.824,00 – Com desconto de R$ 564,80, também isento.

• De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 – Sem desconto, alíquota de 7,5% e parcela a deduzir do IR de R$ 169,44.

• De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 – Alíquota de 15% com parcela a deduzir de R$ 381,44.

• De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 – Alíquota de 22,5% com parcela a deduzir de R$ 662,77.

• Acima de R$ 4.664,68 – Alíquota de 27,5% e parcela a deduzir de R$ 896,00.

Impactos a longo prazo

Embora a alteração na tabela do Imposto de Renda afete diretamente apenas aqueles que estão na faixa de isenção, todos os contribuintes podem sentir algum impacto devido à natureza progressiva do imposto.

Isto é, a parcela do rendimento que excede o limite de isenção, ainda será tributada, mas com um alívio nos primeiros degraus da tabela.

As mudanças na tabela de IR são uma parte do compromisso assumido por Lula durante sua campanha presidencial, onde prometeu elevar a faixa de isenção progressivamente, alcançando até R$ 5 mil até o fim de seu mandato em 2026.

A longo prazo, a expectativa é que essas medidas não apenas proporcionem alívio financeiro, mas também estimulem a economia, aumentando o poder de compra dos brasileiros e incentivando o consumo.