No Rio Grande do Sul, Lula critica ‘nojeira’ das fake news
Durante a passagem pelo Rio Grande do Sul, o governo federal anunciou a criação de um auxílio de R$ 5,1 mil para as famílias atingidas pelas chuvas
O presidente Lula (PT) usou sua visita ao Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira, 15, para criticar o que chamou de “nojeira das fake news” durante as enchentes que atingiram o estado. Segundo ele, a disseminação de notícias falsas, inclusive, atrapalhou as missões de resgate e atendimento às vítimas.
“É possível, apesar da nojeira da fake news, da nojeira do comportamento de uns vândalos que não fazem política, não discutem política, não querem argumento. Só querem destratar a vida dos outros, ofender as pessoas, achincalhar as pessoas”, disse Lula.
Ainda segundo o presidente, essas pessoas precisam ser “banidas” da política. “Esse tipo de gente, eu tenho certeza que depois desses milhões de voluntários, vão ser banidos da política brasileira”, completou Lula.
Durante a passagem pelo Rio Grande do Sul, o governo federal anunciou a criação de um auxílio de R$ 5,1 mil para as famílias atingidas pelas chuvas. Batizado de “Vale Reconstrução”, o programa será destinado para a população de baixa renda e para as pessoas que perderam suas residências.
Segundo Rui Costa, ministro da Casa Civil, a medida deve beneficiar 200 mil famílias. O custo é estimado em R$ 1,2 bilhão, mas pode aumentar até o fim das chuvas.
Ministério de Paulo Pimenta
Lula oficializou ainda a criação do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que será comandado pelo ministro Paulo Pimenta. Ele será o representante do governo federal no estado para coordenar toda a atuação federal nas obras de reconstrução da região.
A escolha de Pimenta para o posto gerou críticas entre integrantes do PT e por parte dos aliados do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O tucano teria ficado sabendo da escolha do nome pela imprensa.
O deputado federal Aécio Neves, um dos líderes do PSDB, chamou a indicação de Pimenta de “excrescência”.
“O presidente Lula será responsável pela politização do drama por que passam os gaúchos. Ao indicar um adversário político do governador, o presidente, na verdade, pratica uma intervenção no estado, que tem um governador eleito para tal”, disse Aécio ao jornal Folha de S. Paulo.
Para tentar minimizar as críticas, Pimenta disse que vai trabalhar ao lado do governador Eduardo Leite.
“O trabalho do governo federal é um trabalho complementar e suplementar ao trabalho do governo do estado e das prefeituras. O presidente Lula me pediu muito que tenha essa dedicação e disposição de colaborar com governo do estado, secretários, prefeituras de todos os municípios atingidos”, disse.
Além de Lula e Paulo Pimenta, a visita ao Rio Grande do Sul contou com a presença do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Os presidentes Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, e Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, declinaram do convite do governo federal.
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