O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, solicitou uma reunião pessoal com o ex-presidente Donald Trump enquanto estiver nos EUA esta semana.

Netanyahu virá a Washington esta semana para se encontrar com o presidente Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris e legisladores no Capitólio. Ele também deve fazer um discurso diante do Congresso na quarta-feira, 24 de julho

As equipes de Netanyahu e Trump discutiram nos últimos dias a possibilidade de os dois líderes se encontrarem cara a cara, potencialmente na Florida. Trump ainda não concordou com a reunião, mas também não rejeitou abertamente a ideia, disseram as pessoas envolvidas nas tratativas do encontro.

Se a reunião acontecer, provavelmente será no final da semana, após o comício de Trump na Carolina do Norte, na quinta-feira.

As conversas ocorrem em meio à decisão histórica de Biden de desistir da disputa e enquanto Kamala Harris intensifica sua campanha para presidente. Harris ainda está no processo de formar a sua equipe e de definir as suas posições de política externa, incluindo a forma como apresentará a sua posição sobre a guerra em Gaza.

Trump e Netanyahu: altos e baixos

Trump é um firme defensor do Estado de Israel e em 2017 reconheceu formalmente Jerusalém como sua capital. Ele mudou a embaixada dos EUA para lá no ano seguinte.

Mas ele e Netanyahu tiveram desentendimentos nos últimos anos. Trump ficou irritado com as declarações de felicitações de Netanyahu após a vitória de Biden, em 2020. Trump também criticou Netanyahu pela falha da inteligência do país por ocasião do 7 de outubro.

Se Netanyahu conseguir uma reunião com Trump esta semana, isso poderá ajudá-lo a construir apoio com o antigo presidente para as suas políticas na Cisjordânia e Gaza, bem como para a sua campanha na fronteira norte contra o Hezbollah.

Também daria a Trump a oportunidade de estabelecer comunicações mais formais com Netanyahu, numa altura em que a campanha de Kamala Harris ainda está a tentando decidir como vai lidar com um primeiro-ministro que tem estado cada vez mais em desacordo com partes do establishment democrata.

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