“Não somos radicais, mas votação da reforma tributária foi uma espécie de estupro”
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), ex-vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, afirmou que a bancada aliada do ex-presidente se manifestou contrária à reforma tributária porque não houve tempo hábil para analisar o texto...
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), ex-vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, afirmou que a bancada aliada do ex-presidente se manifestou contrária à reforma tributária porque não houve tempo hábil para analisar o texto.
Ele destacou que, se a votação ficasse para o segundo semestre, havia a possibilidade de o PL também ser a favor da matéria.
“Não procede essa crítica de que o PL será um novo PSOL ou votou como o PT fazia na época do PSDB. Agora, acredito que 95% dos deputados não sabiam o que estavam votando. Ninguém leu. Pergunte para dez deputados, dez vão dizer ‘não, não li’. Votaram no ‘oba, oba’. Claro que tem coisas boas no texto da reforma tributária, mas tem coisas ruins”, disse Sanderson a este site.
“A votação foi uma espécie de um estupro. A pretexto de passar um tema que é positivo, sem sobra de dúvida, eles fizeram qualquer coisa para que o parlamento votasse [a PEC]. E isso nunca vai contará com o meu voto. Tentei falar com o relator, ele sumiu. Tentei falar com o presidente da Câmara, e não consegui. Então, não tivemos saída a não ser votar contra. Isso nada tem a ver com radicalismo”, justificou.
“Impossível votar a favor de um texto de reforma tributária, complexo e bastante técnico, sem conhecer os termos finais do substitutivo. Claro que não somos contra a reforma tributária, desde que feita as claras, sem pressa e com a participação efetiva de todos. Se a votação fosse adiada, e se nós fôssemos ouvidos, poderíamos ter votado a favor sim”, acrescentou o parlamentar, que foi além.
“O governo Lula não inspira confiança e não possui histórico favorável capaz de avalizar uma reforma tributária realmente idônea e responsável”, concluiu.
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