“Não é possível uma pessoa acusar o presidente do crime de pedofilia”, diz presidente do PP
O presidente da executiva nacional do PP, deputado federal Cláudio Cajado (BA, na foto), afirmou em entrevista a O Antagonista que a representação instaurada contra o também parlamentar André Janones (Avante-MG), por produção e disseminação em massa de fake news...
O presidente da executiva nacional do PP, deputado federal Cláudio Cajado (BA, na foto), afirmou em entrevista a O Antagonista que a representação instaurada contra o também parlamentar André Janones (Avante-MG), por produção e disseminação em massa de fake news durante as eleições, visa ter um efeito “didático” para outros integrantes da Câmara.
Na visão de Cajado, a política não pode se “destruir” a partir da disseminação de notícias falsas, independentemente do período ou de uma eventual boa ou má intenção do parlamentar.
“Achamos que devemos dar um limite a esse tipo de postura [divulgação de fake news]. O caso já está sendo encaminhado para o Conselho de Ética. Lá, ele [Janones] vai ter oportunidade de se defender. Eu penso que a representação está extremamente robusta e verdadeira, com várias provas dos crimes que ele cometeu”, disse o parlamentar.
“Nós precisamos evitar que a política se destrua por nós próprios. Se depender da minha posição, vamos exigir a apuração disso. Temos que dar um basta. Não é possível uma pessoa, ainda mais um deputado federal, acusar o presidente do crime de pedofilia. Em se tratando de qualquer pessoa, já seria grave. Mais grave ainda quando se é uma acusação contra o presidente da República”, acrescentou o parlamentar.
Como mostramos ao longo desta semana, o caso foi protocolado na terça-feira última. O PL de Jair Bolsonaro também ingressou com representação no colegiado. A expectativa é que o caso comece a tramitar já na semana que vem. O relator das representações, porém, deve ser escolhido apenas em novembro.
“Não posso antever se [o processo] será mais rápido ou não. Dois partidos ingressaram com representações e, na minha avaliação, o parlamentar cometeu crime. Cometeu crime e não podemos admitir que um deputado, que se lançou à Presidência da República, aja dessa forma e fique simplesmente impune, que ache que isso é política, que isso é normal, que isso é da atividade parlamentar. Há uma clara diferença entre imunidade parlamentar e impunidade parlamentar”, concluiu o presidente do PP.
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