“Não basta oferecer a cota e não fazer acompanhamento”, diz ministro do STJ
A Comissão de Juristas Negros da Câmara entregou hoje à Casa um relatório elaborado pelo grupo, criado em meio à repercussão do caso João Alberto. O ministro Benedito Gonçalves (foto), único negro entre os integrantes do Superior Tribunal de Justiça, lidera a comissão...
A Comissão de Juristas Negros da Câmara entregou hoje à Casa um relatório elaborado pelo grupo, criado em meio à repercussão do caso João Alberto. O ministro Benedito Gonçalves (foto), único negro entre os magistrados do Superior Tribunal de Justiça, lidera a comissão.
Em entrevista ao Estadão, Benedito Gonçalves falou sobre o trabalho do grupo e comentou temas como a política de cotas. O ministro do STJ disse que “as políticas afirmativas são apenas uma breve reparação” e que “não basta oferecer a cota e não fazer acompanhamento”.
O documento elaborado pela comissão trata de temas como o combate ao racismo institucional no poder público e no âmbito privado, entre outras frentes, e traz propostas de aperfeiçoamento da legislação.
“São projetos que não interferem na economia, não aumentam a despesa pública. Muito rapidamente, sairão muitas propostas relacionadas à questão policial para a nossa comunidade. Não só aperfeiçoa a legislação, como também introduz nas escolas policiais o cultivo de que somos todos iguais perante a lei, que é um princípio”, detalhou Benedito Gonçalves.
“Se a Câmara aceitar a proposta, vamos criar uma comissão mista, de maior representatividade, para um debate sobre a questão da Lei de Cotas e muitos outros temas”, acrescentou.
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