O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação criminal para apurar possíveis irregularidades na compra de veículos blindados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no estado do Rio de Janeiro. Apurações preliminares apontaram indícios de fraude no processo de licitação para compra de “caveirões”, fornecidos pela empresa Combat Armor.

Entre as possíveis anormalidades que serão investigadas estão inconsistências na justificativa apresentada pela PRF para aquisição de diversos caveirões. Também chamou a atenção do MPF a ausência de fundamentação referente à “urgência” apontada em certos atos da gestão nas licitações investigadas.

No Brasil, a Combat Armor é comandada pelo empresário Maurício Junot de Maria. A empresavendeu 69 “caveirões” e 51 “caveirinhas” para a PRF em quatro estados e no DF, em 2020 e 2021. O ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques foi o responsável por aprovar os contratos, que chegaram a R$ 100 milhões, junto à Combat Armor no período em que era superintendente regional da corporação, no Rio de Janeiro.

Silvinei é apontado como vice-presidente da Combat Armor no Brasil, após ter deixado o cargo na PRF com o fim do governo Bolsonaro.