MPF: filha de José Serra tinha conta no Panamá para lavar dinheiro do pai
A filha de José Serra, Verônica, também é alvo da Operação Revoada: como noticiamos, ela foi denunciada por lavagem de dinheiro. Segundo a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, pai e filha ocultaram dinheiro "sabidamente proveniente de crimes". A denúncia do MPF, obtida por O Antagonista, traz os detalhes dessa relação familiar em um esquemão de pagamentos de propinas...
A filha de José Serra, Verônica, também é alvo da Operação Revoada: como noticiamos, ela foi denunciada por lavagem de dinheiro.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, pai e filha ocultaram dinheiro “sabidamente proveniente de crimes”.
A denúncia do MPF, obtida por O Antagonista, traz os detalhes dessa relação familiar em um esquemão de pagamentos de propinas.
Diversas transferências realizadas entre 2006 e 2007 forem feitas em uma offshore chamada Dortmund Internacional Inc.. Segundo o MPF, a conta criada no Panamá em dezembro de 2003 era controlada por Verônica Serra.
“Embora conste, de sua ficha cadastral, o cidadão uruguaio FRANCISCO RAVECCA como contato da DORTMUND, uma procuração anexada concede a VERÔNICA ALLENDE SERRA (representada, no ato, por HERRERA VILLAREAL e HERRERA DE DIAZ67) poderes para geri-la e representá-la. Mais ainda, constam da documentação cadastral referências a dados pessoais de VERÔNICA ALLENDE SERRA, como data de seu nascimento, em 30/05/1969, sua cidadania brasileira (como anotação riscada e substituída por cidadania italiana), e seu endereço em São Paulo/SP. Constam também cópias dos passaportes e documentos diversos relativos à DORTMUND, à VERÔNICA ALLENDE SERRA (passaporte italiano), e a FRANCISCO GUILLERMO RAVECCA JONES (uruguaio).”
Documentos colhidos pela Lava Jato em São Paulo demonstram que a filha de José Serra “exercia gestão constante” da conta no Panamá.
O objetivo, segundo os investigadores, era claro: ocultar e lavar dinheiro.
“Emerge claramente que a DORTMUND, como grande parte das offshores sediadas no Panamá, constitui mera “casca” que oculta a titularidade e a origem de valores que por ela passam.”
Para o MPF, não restam dúvidas de que “a real titular” da conta panamenha era Verônica.
“Assim, ao JOSÉ AMARO RAMOS realizar, a partir de contas suas, transferências vultosas em favor da DORTMUND, entre 2006 e 2007, o que se praticava eram atos de ocultação e dissimulação da natureza espúria dos valores que recebera da ODEBRECHT no período, assim, s eus reais destinatários: JOSÉ SERRA e sua filha VERÔNICA SERRA.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)