O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) realizou uma operação nesta terça-feira, 20, para investigar o jogador Ênio, do Juventude, e outros suspeitos de envolvimento em manipulação de resultados esportivos.

Os agentes cumpriram mandados de busca na residência do atacante e em seu armário no vestiário do estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

De acordo com o MP, foram deferidas ordens judiciais para a localização de aparelhos digitais, documentos e mídias. Com isso, as autoridades esperam identificar outros suspeitos.

Em nota oficial, o Juventude disse ter colaborado com as investigações “fornecendo os acessos necessários para ação tanto no estádio Alfredo Jaconi quanto no CT do Clube”.

Operação Totonero

A investigação foi batizada pelo MP de “Operação Totonero”, em alusão ao escândalo de manipulação de resultados no futebol italiano durante a década de 1980.

Na ocasião, jogadores e dirigentes foram acusados de envolvimento em manipulação de jogos nas Séries A e B da Itália.

No caso de Ênio, o jogador teve o nome envolvido em dois alertas de casas de apostas por suspeita de manipulação em partidas do Campeonato Brasileiro.

O primeiro aviso foi em um lance aos 36 minutos do primeiro tempo da partida entre Juventude e Vitória, pela primeira rodada do Brasileirão.

O atleta recebeu cartão amarelo por reclamar com o árbitro Paulo Cesar Zanovelli sobre uma falta perto da entrada da área da equipe gaúcha. As ‘Bets’ identificaram um volume anormal de apostas no cartão para o jogador.

Na oitava rodada, as casas de apostas alertaram para um volume anormal de apostas para que Ênio fosse advertido com um cartão amarelo na partida. Aos 39 minutos do primeiro tempo, o jogador recebeu a punição.

Desde então, a diretoria do Juventude decidiu afastar o atacante.