O ministro do TSE Raul Araújo, que censurou o festival Lolapalooza a pedido do PL, derrubou sua própria liminar na noite de ontem, acolhendo uma representação em que o partido desistia da ação.

O PL decidiu recuar depois que Jair Bolsonaro ficou irritado com a péssima repercussão do caso, diz a Folha. O presidente se mostrou furioso e ordenou que Valdemar Costa Netto voltasse atrás e retirasse a ação do TSE.

Na liminar, Araújo proibia manifestações políticas e previa multa de R$ 50 mil caso artistas se posicionassem contra qualquer candidato ou partido político durante os shows.

O ministro ainda responsabiliza o partido do presidente pela tentativa de censura. Segundo ele, sua decisão foi tomada “com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas” a se manifestarem politicamente – o que não era verdade.

Araújo diz ter chegado a essa conclusão porque o próprio PL afirmou em seu pedido de censura que a organização do Lollapalooza “supostamente estaria estimulando a propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea no aludido evento”.