Militares do Exército são exonerados de cargos de comando após operação que mirou Bolsonaro
As investigações da Polícia Federal apuram um suposto planejamento de golpe de Estado depois do resultado das eleições de 2022
O Exército exonerou dois militares de cargos de comando após operação “Tempus Veritatis”, que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e diversos aliados. As investigações da Polícia Federal apuram um suposto planejamento de golpe de Estado depois do resultado das eleições de 2022.
Deixaram as funções: o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército; e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais.
As exonerações foram publicadas no Diário Oficial desta quarta-feira, 14. As medidas atendem a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, o tenente-coronel fazia parte do núcleo encarregado de espalhar fake news e atacar o sistema eleitoral brasileiro. A investigação encontrou mensagens trocadas entre Marques de Almeida e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, sobre as estratégias para questionar o processo eleitoral.
Já Hélio Ferreira Lima faria parte deste mesmo núcleo e também de outro, que conforme a PF atuou para planejar e executar medidas para manter as manifestações golpistas em frente a quarteis militares.
Providências pela Justiça
Na operação, realizada na semana passada pela Polícia Federal (PF), três militares foram alvo de mandados de prisão e outros 17 foram de buscas e apreensão — sete deles da ativa.
Em nota, o Exército disse que “prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República” e que “vem colaborando com as autoridades policiais nas investigações conduzidas”. Acrescentou que “as providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto”.
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