Sergio Moro, ex-ministro da Justiça eleito senador pelo Paraná, disse à CNN nesta quinta-feira (27) que o apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno não extingue suas “críticas profundas” ao governo que deixou em abril de 2020.

“Meu apoio não significa reescrever o passado, e eu mantenho as minhas divergências”, disse Moro ao canal de TV. Ele ainda explicou por que escolheu apoiar o ex-chefe – que ele acusou, no Supremo Tribunal Federal, de interferir na Polícia Federal.

“Particularmente peso que a opção pelo Lula é inaceitável”, continuou o senador eleito. “O Lula sofreu uma condenação em três instâncias, e depois outra condenação confirmada em duas instâncias por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. E depois foi beneficiado por uma decisão absolutamente equivocada do STF.”

Ele reiterou que procurará ser um senador independente no cargo, com as bandeiras da “honestidade” e do combate à corrupção. “E eu vejo isso muito mais possível num segundo mandato do presidente Bolsonaro do que propriamente num novo mandato do presidente Lula, com toda essa tragédia moral e econômica que ele traz junto com ele.”