O número de assassinatos no Brasil caiu 4% em 2023, consolidando a terceira queda consecutiva, segundo levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o portal G1.

Em 2023, foram 39.492 assassinatos no Brasil, incluindo homicídios dolosos, latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte. Em 2022, foram registradas 41.140 mortes violentas no país.

O índice de assassinatos por 100 mil habitantes também caiu, passando de 20,3 em 2022, para 19,4 em 2023.

Assassinatos por estado

Pelo menos 21 unidades da federação registraram menos assassinatos no ano passado, enquanto cinco tiveram alta –Amapá, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão– e uma estabilidade.

A queda das mortes violentas foi puxada por São Paulo, Pará e Bahia. Juntos, esses estados respondem por 53% das 1.648 mortes a menos registradas em 2023.

São Paulo segue com menor índice de assassinatos do país, com 6,7 mortes por 100 mil habitantes em 2023. No ano anterior, o índice era de 7,1.

Apesar da queda, o estado da Bahia ainda tem o quinto maior índice de assassinatos do país, com 34,3.

O índice nacional é de 19,4.

Entre os cinco estados que tiveram alta, o Rio de Janeiro é o que teve maior peso nas mortes violentas. Ao todo, foram 654 mortes a mais nesse grupo. Ao menos 35% foram no estado fluminense.

Números do Ministério da Justiça

O levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o G1 corrobora com as contas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a pasta, o número de homicídios no país caiu de 42.190 para 40.464, o que equivale a uma redução de 4,09%.

Os dados foram inseridos no Sistema Nacional de Dados de Segurança Pública (Sinesp) e enviados ao Ministério da Justiça pelos 26 Estados e o Distrito Federal.

A pasta também informou que os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) caíram 23,64% em 2023, quando foram registrados 953 ocorrências do tipo. Em 2022, o número de latrocínios chegou a 1.248.

A divulgação desses dados, em janeiro de 2024, foi marcada pelo exagero do ex-ministro da Justiça Flávio Dino, que distorceu o gráfico ao compartilhar o resultado nas redes sociais.