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PSDB e MDB querem atrair União Brasil e isolar Moro

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Diego Amorim
3 minutos de leitura 03.02.2022 13:26 comentários
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PSDB e MDB querem atrair União Brasil e isolar Moro

Nos últimos dias, pipocaram notinhas na imprensa sobre possibilidade de federação entre PSDB e MDB. Seria ótimo, especialmente, para João Doria, que tenta segurar os tucanos em torno do seu projeto nacional e se incomoda com a pré-candidatura de Simone Tebet. Mas a aliança formal não vai acontecer, salvo um milagre...

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PSDB e MDB querem atrair União Brasil e isolar Moro
Fotos: Adriano Machado/Crusoé

Nos últimos dias, pipocaram notinhas na imprensa sobre possibilidade de federação entre PSDB e MDB. Seria ótimo, especialmente, para João Doria, que tenta segurar os tucanos em torno do seu projeto nacional e se incomoda com a pré-candidatura de Simone Tebet. Mas a aliança formal não vai acontecer, salvo um milagre.

O que estão em curso são conversas para uma possível coligação entre tucanos e emedebistas, embora haja no MDB lideranças no colo de Lula e de Jair Bolsonaro.

Uma ala do MDB ligada ao ex-presidente Michel Temer defende, ainda, que a coligação para a corrida presidencial envolva também a União Brasil, partido resultante da fusão entre DEM e PSL que deverá ser oficializado na próxima terça-feira, como registramos há pouco.

A intenção é aproximar Doria e Tebet, ambos com desempenhos pífios nas pesquisas divulgadas até aqui, e tentar impulsionar uma eventual campanha unificada com a grana e o tempo de TV que a União Brasil têm para oferecer. Doria preferiria uma federação com PSDB e MDB — praticamente impossível em razão do tamanho dos dois partidos, dos entraves locais e do tempo para a formalização –, mas já sinalizou, nos bastidores, que não acharia ruim a tal coligação.

Com isso, esse grupo político espera, como consequência dos arranjos, isolar e enfraquecer Sergio Moro, que tem aparecido em terceiro lugar nas pesquisas. O argumento oficial é o de que o ex-juiz é visto como “um candidato de direita”, assim como Ciro Gomes (PDT) é visto como “um candidato da esquerda”, e, portanto, nem um nem outro poderiam compor o projeto do chamado centro. O argumento não oficial é o de sempre: o mundo político odeia Moro.

Quanto ao PSD, que desde o início do processo não participou das reuniões da Terceira Via, essa turma considera que já há um acordo entre Gilberto Kassab e Lula, ainda que o presidente do partido insista em candidatura própria para o primeiro turno e agora flerte com o ainda tucano Eduardo Leite.

Os que defendem a coligação entre PSDB e MDB, com chances de atrair a União Brasil, acreditam que, se Doria e Tebet não se unirem — deixando para decidir cabeça de chapa e vice mais adiante –, ambos irão “para o precipício”, nas palavras de um integrante da executiva nacional do MDB.

Lideranças da União Brasil vinham negociando com o Podemos, partido ao qual Moro se filiou em novembro do ano passado, mas, como já noticiamos, diziam, em reservado, que, se o ex-juiz não se aliasse ao futuro novo partido, outra candidatura entre Lula e Jair Bolsonaro poderia crescer. Era uma chantagem, claro, que poderá se confirmar.

Além disso, no próximo dia 15, como noticiamos nesta semana, o Cidadania vai decidir sobre a federação partidária que a sigla irá compor. Entre as propostas, está a de aliança formal com o PSDB. Na reunião da executiva, a ideia de federação com o Podemos, de Moro, foi derrotada em votação, mas o diretório nacional tomará a decisão final.

Leia também: Com Moro em terceiro nas pesquisas, ‘turma do centro’ rasga acordo

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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