Uma poderosa massa de ar seco tem assolado o Brasil recentemente, resultando em níveis alarmantes de baixa umidade relativa do ar.

Desde o último domingo, diversas localidades brasileiras estão experienciando umidade abaixo de 12%, uma condição que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como de emergência.

Esta situação crítica tem causado apreensão entre as comunidades afetadas e despertado a atenção das autoridades.

Este fenômeno é causado por um bloqueio atmosférico que impede a chegada de frentes frias e precipitações, exacerbando ainda mais o clima seco.

Os impactos dessa condição têm sido sentidos em várias regiões, onde os índices de umidade têm caído a níveis historicamente baixos.

Regiões em alerta para o tempo seco

Com a presença desta massa de ar seco, várias áreas no Brasil têm registrado índices de umidade extremamente baixos, colocando estas regiões em estado de alerta severo.

Alguns dos dados mais críticos incluem:

• Goianésia-GO: 8% de umidade às 15h
• Barretos-SP: 9% de umidade às 16h
• Castro-PR: 9% de umidade às 16h
• Cuiabá-MT: 10% às 18h
• São Paulo-SP (Mirante de Santana): 12% às 15h

Recorde de baixa umidade em São Paulo

Na capital paulista, foi registrado um dos índices mais alarmantes.

A umidade relativa do ar caiu para apenas 12% às 15h na estação meteorológica automática do Mirante de Santana, um nível que não era visto desde 22 de novembro de 2021.

Além dos baixos níveis de umidade, a cidade enfrentou temperaturas de 32,3 graus, aumentando ainda mais o desconforto.

Efeitos da baixa umidade para a saúde

A umidade relativa do ar abaixo de 12% traz sérios riscos à saúde.

Esse nível de secura pode causar ressecamento das mucosas, pele e olhos, levando a problemas como sangramentos nasais, agravamento de doenças respiratórias e maior risco de desidratação.

A baixa umidade também eleva o risco de incêndios em áreas secas, tornando-se uma preocupação adicional para a saúde e segurança.

Quando a umidade está entre 12% e 20%, ainda é necessário estar alerta. Medidas como aumentar a ingestão de líquidos e evitar a exposição prolongada ao sol são essenciais.

Com a umidade entre 20% e 30%, o estado é de atenção, pois pode causar desconfortos leves como tosse seca e irritação nos olhos.

Previsão para os próximos dias

Para os próximos dias, a previsão é de uma leve melhora, com a possibilidade de mudanças nos ventos e o afastamento gradual da massa de ar seco.

No entanto, para esta terça-feira, ainda se espera que a umidade relativa do ar permaneça abaixo de 12% em várias regiões, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

As áreas mais afetadas continuarão sendo Mato Grosso do Sul, sul da Bahia, sul do Mato Grosso, noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e Triângulo Mineiro.

Essas regiões devem permanecer em alerta máximo, já que as condições de seca extrema continuarão ao longo dos próximos dias.