Marina Silva deve depor sobre ‘queimadas do amor’ na Câmara
Requerimento de convocação, de autoria do presidente da Comissão de Agricultura, Evair de Mello (PP-ES), foi transformado em convite, por meio de um acordo com a base governista
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou a oitiva da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre o aumento das queimadas no Brasil. O requerimento, de autoria do presidente da Comissão, Evair de Mello (PP-ES), teve o caráter de convocação transformado em convite por meio de um acordo com a base governista.
Após intervenção do Planalto, a reunião que se realizaria esta semana, foi marcada para quarta-feira, 16, às 10h.
Em entrevista a O Antagonista, o deputado afirmou que a ministra precisa ser ouvida por conta da falta de proatividade do governo federal quanto à crise climática.
“É importante ouvir a ministra Marina Silva na Câmara para expor sua incompetência em lidar com as queimadas, que só aumentaram”, disse Evair.
Ele ainda acrescentou: “Marina virou fumaça diante da crise climática, enquanto propõe medidas radicais como o confisco de terras, prejudicando produtores rurais e gerando mais insegurança no campo. Precisamos respostas claras e ações efetivas, não ideologia”.
Mea Culpa
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, admitiu recentemente que a estratégia do governo para lidar com o período de estiagem e queimadas “não foi suficiente”, colocando o Brasil como “vítima” da mudança climática.
“O que nós estamos descobrindo agora é que [o planejado] não foi suficiente. E ter essa clareza e essa responsabilidade de não querer mascarar a realidade ou minimizar a realidade faz parte de uma postura republicana diante da sociedade”, afirmou a ministra em entrevista à Folha de S.Paulo, antes de embarcar para os Estados Unidos, onde participou da Cúpula do Futuro, evento realizado durante a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em agosto, foi registrado quase metade do total de incêndios florestais do ano, segundo o Monitor do Fogo, da ONG MapBiomas. Foram queimados 5,65 milhões de hectares, o equivalente à cerca de 49% de toda a área devastada desde janeiro — uma extensão comparável ao tamanho do estado da Paraíba.
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