Marcelo Queiroga se recusou nesta sexta (14) a tomar uma posição pelo cancelamento do Carnaval.

“Isso aí o Supremo Tribunal Federal definiu que era competência dos estados e dos municípios”, mentiu o ministro. Na verdade, o STF entendeu que a competência é concorrente. A tese de Bolsonaro era tentar usar o poder federal para proibir os governos locais de fazer quarentenas.

“O governo Bolsonaro [em] nenhum momento estimulou festividades de final de ano. Se vocês encontrarem da parte do governo, do Ministério da Saúde, por favor me digam.”

Na verdade, Bolsonaro passou as férias de fim de ano em Santa Catarina, com ampla aglomeração.

“Então festas de réveillon aumentou (sic) o número de casos”, continuou o ministro. “Felizmente a população está fortemente vacinada. Nós estamos acompanhando, mas eu já tenho ouvido pela imprensa que as festas populares, os blocos de rua, estão cancelados, né? As outras atividades eu não sei, tem que acompanhar a evolução da pandemia, né?”.

Em carta enviada na noite desta quarta (12), o Conass pediu ao governo que posicione-se pelo cancelamento do Carnaval de rua (mas não todos os eventos de Carnaval).

Leia mais:

“Estamos tranquilos, tá?”, diz Queiroga, sobre apagão de dados

Conass pede ações a Queiroga para evitar “colapso” na Saúde; secretarias se mobilizam

IHME projeta novo aumento de mortes por Covid durante o Carnaval