Marcelo Odebrecht disse ainda que os R$ 70,5 milhões da Planilha Italiano, relacionados a BJ e BJ2, foram alocados a pedido dele pela área de infraestrutura comandada por Benedicto Júnior.

Segundo Marcelo, não houve um pedido específico de Antonio Palocci ou Guido Mantega. Nem precisava. “Negociei com ele (BJ), que alocou no Prosub, mas não veio um pedido de Palocci ou de Guido. Foi uma alocação interna nossa em função do peso que essa demanda tinha.”

“Em determinado momento, o saldo que o Palocci tinha com a gente ia chegando ao final. Eu já sabia que vinha uma demanda. Então, eu já negociava anteriormente créditos para esse valor. Essa questão de ser o grande doador é para abrir portas. Por mais que o empresário pedisse pleitos legítimos, isso gerava uma expectativa. Quanto maior a agenda que eu levava, mais criava expectativa de que ia doar tanto.”

Marcelo contou que mais adiante foi cobrado por João Vaccari, via Benedito Junior. Como já havia antecipado a propina, o então presidente da Odebrecht falou com Palocci e o pedido foi cancelado.