Mais uma exoneração por assédio no governo Lula
O "demitido da vez" foi Claudio Augusto Vieira da Silva, que atuava como Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
O Diário Oficial da União desta quinta-feira, 19, anunciou a exoneração de Claudio Augusto Vieira da Silva, que atuava como Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, sob a chefia de Silvio Almeida. A portaria, assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem validade retroativa a 16 de setembro.
A coluna de Lauro Jardim, no jornal “O Globo”, aponta que Vieira da Silva foi acusado de assédio moral por subordinados. A demissão ocorre em meio a uma investigação do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzida pelo ministro André Mendonça, que examina as denúncias envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida. Este é acusado de assédio sexual contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, entre outras irregularidades.
Coação
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O Antagonista revelou que servidores da pasta foram coagidos a assinar um manifesto em defesa do auxiliar palaciano. No manifesto, compartilhado em um grupo de WhatsApp de servidores chamado “Povo dos DH” foi feito o seguinte apelo em prol do ministro dos direitos humanos.
“Olá gente querida. Desculpe escrever essa hora. É que o racismo de indivíduos maliciosos e instituições midiáticas não nos deixam descansar justa e pacificamente. Imagino que alguns e algumas de vocês viram a matéria publicada, irresponsavelmente, pelo Uol, fazendo ilações a respeito do ministro Silvio que, nem de longe, correspondem a realidade”, escreveu um assessor cuja identidade vamos preservar.
Ele continuou pedindo assinaturas em apoio ao ministro. “Contra mentiras e ofensas a gente se organiza e restabelece a verdade. Se você se sentiu ofendido e também quer demonstrar solidariedade ao ministro Silvio Almeida, bora de assinatura”.
Segundo informações do Diário Oficial, dos 27 desligamentos ocorridos em 2024, 18 foram a pedido dos próprios servidores.
As saídas no primeiro semestre incluem a de duas diretoras, cinco coordenadoras-gerais e 16 coordenadores, indicando uma alta rotatividade de cargos de liderança. Entre os desligamentos, seis funcionários não completaram sequer seis meses na equipe, enquanto outros oito permaneceram menos de um ano. O cenário reflete um ambiente de instabilidade e insegurança, segundo fontes ligadas ao órgão.
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