Mais uma dúvida sobre a apuração da trama golpista Mais uma dúvida sobre a apuração da trama golpista
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Mais uma dúvida sobre a apuração da trama golpista

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 18.03.2024 09:16 comentários
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Mais uma dúvida sobre a apuração da trama golpista

Transcrição de depoimento de servidor não atribui a Alessandro Moretti, ex-diretor adjunto da Abin, a fala que culminou em sua demissão

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Mais uma dúvida sobre a apuração da trama golpista
Foto: GDF

Ao contrário do relatório da Polícia Federal produzido no âmbito das investigações sobre a existência de uma Abin paralela na gestão de Jair Bolsonaro, transcrição de depoimento de servidor não atribui a Alessandro Moretti, ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a fala que culminou em sua demissão, registra a Folha de S.Paulo.

A incompatibilidade expõe mais uma dúvida sobre a apuração da trama golpista.

De acordo com o documento, tornado público em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Moretti teria dito que a investigação teria “um fundo político e iria passar”.

A declaração foi interpretada pela PF como uma tentativa da atual gestão da Abin de embaraçar as investigações.

A demissão de Moretti foi ordenada pelo presidente Lula (PT) cinco dias após partes do relatório virem a público.

A transcrição do depoimento

Segundo o jornal, a transcrição do depoimento do servidor da Abin que cita ter ouvido a frase sobre “fundo político” não a atribui a frase a Moretti, mas sim à “direção-geral”.

A transcrição aponta que “a direção-geral disse aos servidores que ‘teria um fundo político e iria passar'”.

Participaram da reunião Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin indicado por Lula, mas cujo nome ainda não havia sido aprovado pelo Senado, Alessandro Moretti, ex-diretor-adjunto da agência, e Paulo Maurício Fortunado, número três da nova composição da Abin.

O servidor afirmou em seu depoimento que o objetivo da reunião era entender o andamento das investigações da PF. Ele disse também que Moretti se comprometeu a informá-los sobre as demandas da polícia e que os servidores deveriam colaborar com as investigações.

A PF questionou o depoente sobre uma suposta estratégia discutida na reunião, captada em mensagens apreendidas. O servidor negou que fosse uma estratégia para montar uma história ou moldar o que as pessoas iriam dizer, mas sim uma reunião para acalmar os servidores, que estavam se sentindo desamparados.

A demissão de Moretti

O governo Lula demitiu Alessandro Moretti da Abin em reação aos desdobramentos das investigações da PF sobre a Abin paralela da gestão Bolsonaro.

Relatório do PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), obtido por O Antagonista nesta terça, aponta possibilidade de “conluio” entre integrantes atuais da Abin e os investigados.

“A preocupação de ‘exposição de documentos’ para segurança das operações de ‘inteligência’, em verdade, é o temor da progressão das investigações com a exposição das verdadeiras ações praticadas na estrutura paralela, anteriormente, existente na Abin”, acrescenta a PF.

Mais dúvidas

Essa não é a primeira inconsistência nas apurações da Polícia Federal sobre a participação de pessoas ligadas ao governo de Jair Bolsonaro em uma trama para implementar um golpe de Estado.

Como mostramos, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que uma foto adulterada baseou a operação da PF sobre o 8 de janeiro da qual foi alvo. A imagem foi editada pelo militante bolsonarista e pivô da ação, Carlos Victor de Carvalho, o CVC.

“Uma foto que mostrava que CVC estaria no 8 de janeiro, e que foi uma foto adulterada. Adulterada por ele próprio. Uma infantilidade, uma imaturidade, uma burrice da parte dele que nós descobrimos agora a pouco”, disse Jordy.

“Mas a burrice ainda não é punida no nosso ordenamento jurídico. A imaturidade não é punida”, acrescentou.

Na quinta, 14, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioriapara absolver o morador de rua preso por quase 11 meses em função da invasão das sedes dos três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, mesmo sem elementos que provassem a sua ligação com os atos de vandalismo.

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