Mais Brasil, menos Brasília
Enquanto em Brasília o mundo político gasta tempo e energia em debates supérfluos, muitas vezes deflagrados por premissas falsas, como o voto impresso, pelo Brasil afora as pessoas enfrentam problemas reais. Crusoé obteve cópia de uma centena de cartas enviadas ao presidente por cidadãos comuns que, juntas, formam um retrato do drama de quem vive fora da bolha do poder...
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Enquanto em Brasília o mundo político gasta tempo e energia em debates supérfluos, muitas vezes deflagrados por premissas falsas, como o voto impresso, pelo Brasil afora as pessoas enfrentam problemas reais. Crusoé obteve cópia de uma centena de cartas enviadas ao presidente por cidadãos comuns que, juntas, formam um retrato do drama de quem vive fora da bolha do poder.
O desempregado Paulo Manoel dos Reis, por exemplo, não se preocupa com a tecnologia das urnas eletrônicas nem acompanha o escarcéu dos políticos que questionam a segurança das eleições. “Tenho 64 anos, dois filhos e ganho 720 reais por mês. Pago 400 de aluguel, luz, água, e não sobra nada.”
O carpinteiro José Ricardo Nascimento, que no sertão cearense, não quer saber de crise entre os poderes nem conhece os ministros do Supremo Tribunal Federal. Pede apenas ao presidente que tenha “compaixão” com os aposentados do país.
João Ferreira Lopes da Silva começa a arar a terra bem antes do alvorecer e, nas idas e vindas de pau de arara, nunca conversou sobre “ruptura institucional”. “Eu sou lavrador e não tenho onde morar”, conta o maranhense, em meio à batalha pela sobrevivência na zona rural de Codó.
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