“Parlamentares se sentiram intimidados durante visita da OEA”, diz Magno Malta
Vice-líder da oposição acredita que 'dívidas' e 'compromissos' podem ter inibido a participação de parlamentares durante visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos

O senador Magno Malta (PL-ES) falou a O Antagonista sobre o contato da oposição ao governo Lula com o advogado Pedro Vacca, relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), nesta semana.
Vice-líder da oposição no Congresso, o parlamentar criticou, mais uma vez, a atuação dos ministros da Suprema Corte, mas também denunciou supostos acordos que impactariam a independência dos parlamentares em denunciar supostos casos de abuso de autoridade.
Intimidação
O senador aparece em imagens divulgadas após o encontro, dizendo que faz questão de aparecer nos vídeos produzidos durante o diálogo com o membro da OEA, enquanto outros parlamentares pediram para não serem filmados.
“Muitos parlamentares se sentiram intimidados pelo ambiente político e pela pressão que o Parlamento enfrenta, especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal”, disse a este site.
Dívidas com o Supremo ?
Malta ainda usou a expressão “CEO do STF” em uma referência irônica ao ministro Alexandre de Moraes. O capixaba acrescentou que deputados e senadores“podem temer” represálias do magistrado.
Conhecido pelas declarações polêmicas, o parlamentar ainda citou que ‘compromissos’ ou ‘dívidas’ com a Corte poderiam ter influenciado a situação de parlamentares que não compareceram à reunião.
“Também pode haver o fator de compromissos ou ‘dívidas’, que podem ter influenciado a decisão de não se manifestar ou comparecer, já que alguns podem temer represálias ou não querem se opor a determinadas figuras, como com o CEO do STF”.
De que lado está a OEA ?
O parlamentar acrescentou que o foco da reunião foi a cobrança para que a Comissão “se voltasse para quem realmente está sofrendo as consequências da injustiça, e não para aqueles que cometem abusos de poder, como o Supremo Tribunal Federal”.
O senador acredita que os membros do órgão têm uma tendência à esquerda, mas expressou a esperança de que “o relatório final seja fiel à verdade“.
“Embora a maioria dos membros da OEA tenha uma tendência à esquerda, saí com a sensação de que fomos ouvidos, que tivemos a chance de mostrar provas e evidências sobre o que está acontecendo no Brasil”, acrescentou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)