Lula nega crise com o Congresso: “Não acho que tenha problema”
O petista admitiu que teve uma conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), depois de embates nas últimas semanas
O presidente Lula (PT) negou nesta terça-feira, 23, que o seu governo esteja em crise com o Congresso Nacional. O petista admitiu que teve uma conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), depois de embates do deputado com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“Eu sinceramente não acho que a gente tenha problema no Congresso. A gente tem as situações que são as coisas normais da política”, declarou em um café com jornalistas no Palácio do Planalto.
Apesar disso, Lula realizou na semana passada uma reunião de emergência para tentar destravar as chamadas “pautas-bombas” no Congresso Nacional. Além disso, o petista cobrou nesta semana que ministros como o da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se envolvam nas negociações com o Legislativo.
“Qual é a briga com o Congresso? É o normal da divergência da política, num Congresso Nacional que tem vários partidos políticos, que tem programas diferentes. A coisa mais normal é que, quando você dê entrada com um projeto de lei ou uma medida provisória, tenha gente que queira incluir ou tirar alguma coisa”, completou Lula.
O petista afirmou, ainda, que está em uma “situação de muita tranquilidade na relação com o Congresso Nacional”, e previu placares vitoriosos para as próximas votações. Sobre o encontro com Lira, que ocorreu no Palácio da Alvorada, Lula afirmou que não foi uma reunião, mas “uma conversa entre duas pessoas”.
“Se eu fizesse uma reunião com Lira e eu quisesse que a imprensa soubesse, eu falaria para a imprensa“, respondeu.
O presidente deve se reunir, também nesta semana, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A data não foi divulgada e é possível que, assim como com Arthur Lira, o encontro aconteça fora das agendas oficiais.
“Não é o presidente do Senado que precisa de mim. Não é o presidente da Câmara que precisa de mim. Quem precisa deles é o presidente da República, é o Poder Executivo. Cada um tem uma função. Nós temos a nossa função. E quem aprova o Orçamento da União são eles. Quem aprova os projetos de lei são eles. Então, é o governo que precisa ter o cuidado de manter a relação mais civilizada possível, tanto com a Câmara quanto o Senado”, completou.
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