Lula insiste na regulação das redes sociais
Para o petista, há uma "concentração de poder sem precedente nas oligarquias digitais"

O presidente Lula (PT) voltou a defender a regulação das redes sociais durante a cerimônia de posse do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para um novo mandato, Beto Simonetti, na segunda-feira, 17.
Para o petista, há uma “concentração de poder sem precedente nas oligarquias digitais”.
“Quero destacar a desinformação e a propagação do ódio nas redes sociais. Diante de uma falta de regulamentação adequada, temos observado uma tendência de concentração de poder sem precedente nas oligarquias digitais. Um poder absolutista que desconhece fronteiras e visa subjugar as jurisdições nacionais.”
Lula disse ser “imperativo” avançar na criação de um “arcabouço jurídico robusto que promova a concorrência justa e proteja as crianças, as mulheres e as minorias.”
“É preciso assegurar que todos tenham acesso equitativo as oportunidades no ambiente digital e e que estejamos todos protegidos da ameaça de uma nova forma de colonialismo, o chamado colonialismo digital”, acrescentou.
Leia também: A tradução das falas de Lula sobre “regular” redes sociais
Regulamentação das redes é prioridade do governo
Antes de assumir o Ministério da Saúde, o ex-ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha afirmou que a regulamentação das redes sociais é um dos principais eixos da agenda prioritária da gestão petista no relacionamento com o Congresso.
“O eixo da proteção às pessoas, às famílias e aos negócios no ambiente digital. O governo tem como prioridade proteger as pessoas, as família eos negócios contra os crimes que acontecem no ambiente digital. Aprovamos no Senado uma Lei que protege as crianças e adolescentes contra os crimes no ambiente digital, queremos uma na votação desse projeto aqui na Câmara. Aprovamos no Senado a regulação da inteligência artificial, queremos também [para esse projeto a prioridade de votação na Câmara dos Deputados”, afirmou Padilha em 12 de fevereiro.
Na ocasião, Padilha citou como alternativa o projeto 2630, relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A matéria, que propõe regras aos usuários das redes sociais, não avançou na Casa de Leis sob o comando de Arthur Lira após pressão da oposição.
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Comentários (5)
Pedro Boer
18.03.2025 12:52A mentira é a coisa mais democrática existente no mundo.Lula tem entender que é impossível o monopólio Estatal da mentira. Esse é o resumo do inquérito das fake-news.
Angelo Sanchez
18.03.2025 11:44As redes sociais mostram a indignação de um governo onde foi eleito um "descondenado", se a maioria critica o governo eleito é porque a maioria não aprova este governo, e que agora está loteando as estatais a um grupo petista, que sequer tem capacidade para exercer qualquer cargo, só se for para corromper novamente as estatais.
LuÃs Silviano Marka
18.03.2025 09:27Já existem leis que protegem as pessoas e empresas de ameaças, calúnia e difamação. O que esses aprendizes de Goebbels querem é censurar, calar, cancelar e destruir todos os que ousam pensar diferente da narrativa mentirosa oficial.
Marcia Elizabeth Brunetti
18.03.2025 08:54Lula continua com seu projeto de repressão, menos se for para falar bem do governo. As bestialidades dos atos provocados pelos "grupos minoritários" isso pode ser chamado de liberdade de expressão. Um Oruam fazendo Tik Tok exaltando crimes até a Globe defende.
Fabio B
18.03.2025 08:44Antigamente, controlar a narrativa era relativamente fácil para quem tinha o poder, bastava a cooptação da imprensa tradicional. No entanto, hoje, temos um novo "player", as redes sociais, que fez o jogo mudar completamente. Os jornais e as redes de TV vendidas são ridicularizados, e é impossível comprar/silenciar todas as vozes dissidentes com a mesma facilidade de antigamente, e é por isso que Lula e as esquerdas têm tanta pressa em "regular" o que chamam de desinformação. O que querem é voltar a ter o monopólio do que pode ser dito ou difundido, o mesmo controle das narrativas que tinham antes.